sexta-feira, 21 de março de 2014

Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado nesta sexta-feira, 21










Nesta quinta-feira, 20, o Senadorealizou uma seção solene pelo Dia Internacional da Síndrome de Down, os avanços das políticas públicas e os desafios das pessoas com a síndrome foram lembrados.







Pai de Ivy Bittencourt, de 9 anos, que tem a síndrome, o deputado Romário (PSB-RJ) avaliou que o Brasil tem avançado na atenção às pessoas com a síndrome. “Há nove anos não existia nada. Hoje, por mais que nós estejamos longe do ideal, (o que temos) já é um alento”, disse.
Ao contar que depois do nascimento de Ivy se tornou uma pessoa “muito melhor”, Romário destacou que parte da população ainda está mal informada sobre a capacidade das pessoas com a Síndrome de Down, que praticam esportes e participam cada vez mais da vida em sociedade. Para o parlamentar, em breve, elas ocuparão cargos, que hoje são considerados inviáveis.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), lembrou que no final do ano passado a Casa aprovou o Plano Nacional de Educação (PNE), que agora está tramitando na Câmara dos Deputados. A Meta 4 do PNE prevê a garantia de acesso à educação básica para os estudantes com deficiência.
Pela proposta, o ensino deverá ser, preferencialmente, na rede regular, mas as escolas especiais serão mantidas para complementar a educação dos estudantes com deficiência. Atualmente, o Senado analisa uma proposta de lei, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PcdoB- AM), que prevê a dedução em dobro da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física de encargo por dependente acometido de uma série de problemas genéticos, como a síndrome de Down.
A origem
O Dia Internacional da Síndrome de Down foi proposto pela Down Syndrome International como o dia 21 de março, porque esta data se escreve como 21/3 (ou 3-21), o que faz alusão à trissomia do cromossomo do 21. A primeira comemoração da data foi em 2006.
No Brasil, houve muita repercussão na mídia desta data em 2007, pela presença do jogador de futebol Romário e da novela Páginas da Vida.
A cor eletrônica (321000) foi proposta por Gaston Schwabacher. Também fazendo alusão à trissomia do 21.
Em Fortaleza
Na Capital Cearense, o Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado com um encontro para trocar experiências sobre o cotidiano dos filhos e os desafios.
Lição de vida
Nesta semana um filme, intitulado #DearFutureMom,foi produzido especialmente para mostrar que "todo mundo tem o direito de ser feliz".
O vídeo é uma produção da agência de publicidade Saatchi & Saatchi e foi produzido especialmente para o Dia Mundial da Síndorme de Down. Vale a pena conferir.
O dia 21 de março foi proposto pela Down Syndrome Intercontinental, em alusão à trissomia do cromossoma 21, que caracteriza a síndrome.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Progeria: envelhecimento prematuro


O que é:
Progeria  ou Síndrome de Hutchinson-Gilford, é uma doença genética da infância extremamente rara, caracterizada pelo envelhecimento acelerado em cerca de sete vezes em relação à taxa normal.
Uma criança com progeria tem uma expectativa média de vida de 14 anos para as meninas e 16 para os meninos. A morte precoce geralmente é causada por complicações cardíacas.
Essa doença acomete 1 entre 8 milhões de recém-nascidos e a inteligência dos bebês não é afetada.
Diagnóstico da Progeria
O diagnóstico da Progeria é fundamentalmente clínico pois ainda não existe nenhum exame que certifique a doença. Geralmente identifica-se a doença entre o primeiro e o segundo ano de vida, perto dos 18 meses de idade.
Características da Progeria
As características da Progeria são:
  • Ausência congênita de cabelo ou pouco cabelo e geralmente esbranquiçado;
  • Face desproporcionalmente menor que a cabeça;
  • Baixo peso;
  • Envelhecimento precoce;
  • Pele enrugada;
  • Clavícula anormal;
  • Dor e deformidade nas articulações;
  • Dentição atrasada;
  • Luxação de quadril;
  • Voz pouco grave, sendo geralmente muito aguda;
  • Genitais pouco desenvolvidos;
  • Unhas fracas e quebradiças;
  • Osteoporose;
  • Escoliose;
  • Hipersensibilidade à luz solar;
  • Hérnia umbilical;
  • Baço dilatado;
  • Diabetes;
  • Colesterol alto;
  • Complicações cardíacas;
  • Aterosclerose.
Desenvolvimento motor e neurológico normais.
Causas da Progeria
As causas da progeria ainda não foram totalmente esclarecidas, mas acredita-se que sejam alterações genéticas.
Atualmente, não se sabe exatamente quais são as causas da progeria. Por isso, esta doença não tem nenhum tratamento específico que trave a sua evolução.
Embora se saiba que é uma doença de fundo genético, isso não quer dizer que seja hereditário.
As crianças que nascem com progeria começam a apresentar seus sinais e sintomas, como o envelhecimento precoce, por volta dos 18 meses de idade. Assim, a criança com 7 anos parecerá um idoso de 70 anos, pelo seu aspecto físico.
Quase todas as mortes registradas acusam como causa as complicações cardíacas. Para evitar este problema é comum que estas crianças tomem vários medicamentos diariamente, para diminuir as dores articulares e o processo da aterosclerose.
Durante a vida, a criança portadora da progeria deverá ter um acompanhamento nutricional específico para as suas necessidades.
A capacidade cognitiva da criança não é afetada pela doença e todas elas são muito inteligentes.

Tratamento para Progeria

O tratamento da Progeria é feito com base nos seus sinais e sintomas e não existe nenhum medicamento que cure esta doença.  É normal que a criança seja tratada por vários médicos e dentistas diferentes ao longo da vida, a fim de melhorar a sua qualidade de vida.

Síndrome de Ondine
 

O que é:
Síndrome de Ondine ou síndrome da hipoventilação central congênita é uma doença genética rara, onde o indivíduo perde o controle da respiração na fase REM do sono, levando algumas vezes a morte por falta de ar.
Sintomas da Síndrome de Ondine
Como a doença é congênita os sintomas estão presentes desde o nascimento, os principais são: dificuldade de manter a frequência respiratória durante o sono, dificuldades de deglutição, arritmia cardíaca, refluxo gastresofágico.
Causas da Síndrome de Ondine
Desordem no sistema nervoso central devido a uma mutação genética, mas também por traumas graves no cérebro ou na medula espinhal.
Diagnóstico da Síndrome de Ondine
O diagnóstico da síndrome de Ondine é feito através de um exame genético que identifica mutação nos genes. Geralmente o paciente é transferido para um aconselhamento genético, onde tem conhecimento das chances de transmiti-la aos seus descendentes e qual o melhor tratamento.
Tratamento da Síndrome de Ondine

A traqueostomia, uma cirurgia feita no pescoço que promove uma abertura na traqueia, é um dos métodos mais eficazes no tratamento da síndrome de ondine, pois mantêm uma boa ventilação mecânica.
www.tuasaude.com
O que é Síndrome de Moebius



Sequência de Moebius é uma doença caracterizada por uma paralisia facial, ou seja, há perda de movimentos do rosto. Essa paralisia pode ser total (quando a pessoa não consegue realizar nenhum movimento com os músculos da face) ou parcial (quando a pessoa consegue realizar alguns movimentos, porém reduzidos). São afetados os movimentos dos olhos e os movimentos da face que expressam emoções.
Causa
A causa da doença ainda não está esclarecida. Algumas pesquisas apontam que há deficiência na formação do nervo motor que inerva os músculos da face. Já outras indicam que há ausência de tecido muscular para a realização dos movimentos. Alguns pesquisadores defendem a teoria de que a doença seja hereditária (transmitida dos pais aos filhos através dos genes), já outros acreditam que a causa seja teratogênica (malformação originada durante a gravidez e causada por agentes químicos ou físicos, como alguns remédios ingeridos pela mãe). Apesar de não se ter muitas certezas quanto às causas da doença, uma pesquisa realizada em 1996 sugere fortemente que pode estar ligada ao uso de misoprostol: 49% das crianças portadoras da Síndrome de Moebius estudadas nasceram após tentativas frustradas de aborto com o uso de misoprostol. O misoprostol, medicamento vendido com o nome de Citotec usado para o tratamento de úlcera gástrica, é usado de forma clandestina para provocar abortos. Quando o aborto não ocorre o desenvolvimento do embrião é prejudicado e ele pode nascer com a Síndrome de Moebius.
Manifestações
Os nervos afetados na doença são o abducente e o facial, porém, muitas vezes há anomalias de outros pares de nervos cranianos, principalmente o glossofaríngeo e o hipoglosso. Como cada nervo é responsável por uma região da face, de acordo com os nervos afetados em cada caso há um conjunto de manifestações. Em alguns casos a maioria das manifestações citadas está presente, porém pode acontecer de apenas algumas se manifestarem.
As manifestações mais frequentes estão listadas abaixo:
  • Face em máscara ou falta de expressão facial;
  • Inabilidade para sorrir;
  • Estrabismo convergente;
  • Ausência de movimentação lateral dos olhos e do piscar;
  • Fissura palpebral;
  • Dificuldade para fechar os olhos seguidos de ressecamento da córnea;
  • Fraqueza muscular na parte superior do corpo;
  • Hipoplásica de mandíbula e de maxila;
  • Baba;
  • Palato alto e estreito;
  • Língua pequena ou mal formada;
  • Alterações de dentes;
  • Alterações na fala;
  • Problemas auditivos;
  • Malformações de extremidades;
  • Polidactilia (dedo extranumerário) e sindactilia (dedos unidos);
  • Miopatia primária;
  • Retardo mental;
  • Hérnia umbilical;
  • Pés tortos congênitos;
  • Contratura flexora de joelhos e tornozelos;
  •  
Tratamento e Cura
Esta doença NÂO TEM CURA.

O que se pode fazer é minimizar os efeitos da doença através de tratamentos cirúrgicos ou através de terapias que visem à melhora das condições musculares.

www.virtual.unifesp.br
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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Tireoide: hormônios essenciais para a vida

Sonolência ou perda de sono. Cansaço ou agitação. Intestino preso ou solto. Se o paciente chega ao consultório com alguma dessas queixas, o médico certamente desconfiará que o problema esteja na tireoide. Pudera, nessa glândula são produzidos dois hormônios essenciais – o T3 e o T4 – para que todas as células do organismo funcionem de forma equilibrada.
Tireoide: hormônios essenciais para a vida “Sem os hormônios produzidos pela tireoide não é possível viver”, enfatiza o dr. Ricardo Botticini Peres, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). E o médico vai além: “Se os hormônios são produzidos em excesso ou escassez, o organismo todo fica desequilibrado, o que resulta em vários problemas para a saúde”.
O T3 e o T4 são essenciais porque interferem em vários controles do organismo, como os batimentos cardíacos, a temperatura, o metabolismo (conjunto de mecanismos químicos necessários ao organismo) que pode ficar mais rápido ou lento, e os movimentos intestinais. Por isso, quando estão em falta ou em excesso, o corpo todo sente.

Equilíbrio é o segredo

Um dos problemas mais comuns na tireoide, que atinge 20% das mulheres no mundo, é o hipotireoidismo, também chamado de tireoide preguiçosa. Nesse caso, o T3 e o T4 são produzidos em menor quantidade do que o corpo necessita, ou então nem são produzidos. “Isso faz com que o organismo trabalhe mais lentamente”, explica o dr. Peres. Entre os principais sintomas estão: cansaço, desânimo, alteração do padrão de sono, pele seca, aumento de peso, inchaço, aumento da pressão arterial, retenção de líquidos, alterações na menstruação, sonolência e intestino preso.
Quando a tireoide está superativa, chamada de hipertireoidismo, ocorre excesso na produção de hormônios, provocando aceleração das funções do organismo. Os batimentos cardíacos ficam mais rápidos, resultando em taquicardia. A pessoa fica agitada e nervosa, perde o sono e tem diarreia.
Embora as mulheres tenham mais problemas com a tireoide – e mais intensamente durante a menopausa – os homens não estão livres do desequilíbrio hormonal: a proporção é de seis mulheres para um homem. Crianças e adolescentes também podem sofrer de hipo ou hipertireoidismo. As causas, segundo o dr. Peres, são genéticas.
Além do excesso e da falta de hormônios, há também os nódulos que, em até 95% dos casos, são benignos. Sua formação está relacionada à anatomia da glândula, que é rugosa e coberta por folículos onde são estocados os hormônios. Os folículos podem crescer de forma desordenada e tornarem-se nódulos ou cistos, que comprometem ou não o funcionamento da tireoide. “É muito comum haver o nódulo e a glândula funcionar normalmente. Apenas 5% dos casos resultam em problemas mais sérios, como o câncer”, explica o dr. Peres.

Tireoide em dia

A melhor forma de saber se a glândula está funcionando bem é realizar exame de sangue para a dosagem de TSH (do inglês Thyroid Stimulating Hormone), o hormônio da hipófise que controla várias glândulas como os ovários, as suprarrenais e a tireoide. O TSH estimula a glândula a produzir o T3 e o T4, que, em quantidade suficiente, inibem a produção do TSH pela hipófise. Portanto, se a taxa de TSH estiver baixa, os hormônios da tireoide estão em excesso e se o nível estiver acima do esperado, haverá pouco hormônio.
Os exames de palpação da glândula, realizados nas consultas de rotina, assim como a ultrassonografia, também podem denunciar nódulos. “Normalmente o médico pede um checkup por outra razão e descobre um nódulo. É pouco comum fazer os exames sem ter nada na tireoide”, alerta o médico.
Como não é possível prevenir os problemas na glândula, a receita do endocrinologista é a de que se mantenha uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas regularmente, atitudes que garantem uma vida mais saudável.
Relacionar problemas tiroidianos com ganho de peso é mito, segundo o dr. Peres. “Com os hormônios da tireoide desequilibrados é possível ganhar um pouco de peso e reter líquido, mas não a ponto de colocar a culpa dos quilos a mais nela”, salienta o médico.
www.einstein.br

Câncer de cólon e de reto: detecção e tratamento

A máxima "prevenir é melhor do que remediar" vale também quando o assunto é saúde. E mesmo em casos de doenças como o câncer, a melhor saída ainda é cuidar da saúde. Isso significa ir periodicamente às consultas médicas e fazer exames de rotina.
Câncer de cólon e de reto: detecção e tratamentoNo caso do câncer de cólon e de reto, o tumor pode levar até 15 anos para se desenvolver e se manifestar e, se a doença for diagnosticada precocemente, o índice de sucesso no tratamento é muito alto.
Infelizmente, por falta de acesso às campanhas de prevenção ou constrangimento na hora de fazer os exames, o número de pessoas com o diagnóstico da doença em fase avançada tem apresentado crescimento. Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta que são esperados para o ano de 2008 cerca de 30 mil novos casos de câncer de cólon e de reto.
Esse tipo de tumor é de fácil diagnóstico. O primeiro sinal é o pólipo, que tem aparência de uma pequena verruga na parede do intestino e é uma lesão facilmente tratada. Mas, com o tempo, transforma-se em um câncer invasivo
"Esse tipo de tumor é de fácil diagnóstico. O primeiro sinal é o pólipo, que tem aparência de uma pequena verruga na parede do intestino e é uma lesão facilmente tratada. Mas, com o tempo, transforma-se em um câncer invasivo", alerta o dr. Carlos Dzik, oncologista.

De olho na saúde

A preocupação em desmistificar o desconforto e ressaltar a importância dos exames preventivos resultou na campanha Don’t blush, look before you flush no Reino Unido. Em outras palavras, o simples fato de olhar as fezes antes de dar a descarga e perceber se há sangue pode denunciar que algo está errado. A precisão do diagnóstico é encontrada em exames como a colonoscopia que, embora seja utilizada para detectar um possível problema no cólon, também pode verificar o reto, localizado no fim do intestino grosso. O exame, além de localizar o pólipo ou tumor, pode retirá-lo, no mesmo momento, para biópsia.
O paciente também pode se valer de um exame alternativo, que é a pesquisa de sangue oculto nas fezes. Ele deve adotar uma dieta específica e evitar ingerir alguns alimentos, como a carne ou os que contenham vitamina C, pois podem interferir nos resultados, se forem consumidos entre três e cinco dias antes da coleta. São colhidas três amostras que serão submetidas à análise laboratorial.
Um resultado mais abrangente requer ainda outro exame junto com a análise das fezes. Deve ser feita a retossigmoidoscopia, que visualiza o fim do intestino grosso, o reto e o ânus. Esse exame é capaz de identificar hemorroidas, doenças inflamatórias crônicas e eventualmente algum pólipo ou tumor.
O câncer de reto pode ser percebido mais facilmente com o exame de toque, mas há também os exames radiológicos com contraste, como o bário – em que é possível levantar suspeitas acerca do tumor. Ainda assim, seria necessário submeter-se à colonoscopia, devido à sua exatidão.
O indicado é que a pessoa, a partir dos 50 anos, se submeta aos exames de rotina. Se não houver nada de suspeito, o paciente passa por novos exames, apenas depois de dez anos. Caso tenha histórico familiar da doença, o ideal é fazer as contas a partir da idade do parente. Por exemplo, caso ele tenha apresentado o câncer aos 40 anos, é necessário submeter-se ao exame com 35 anos. Ou seja: conte sempre cinco anos a menos. Além disso, o paciente que tem familiares com câncer de cólon ou de reto deve repetir o exame a cada três ou cinco anos, mesmo que os anteriores não tenham detectado nada de errado.

Primeiros sinais

Quem apresenta tumores de reto manifesta, em geral, sangramento intestinal. Com o tumor no reto, há mudanças no organismo. Por exemplo, o intestino fica mais lento, constipado e depois de alguns dias nota-se diarreia. Também há o aparecimento de cólicas. Essas alterações podem ser sinais de alerta – não que seja necessariamente câncer, mas há algo errado: doenças comuns como síndrome do cólon irritável.
O paciente com câncer no reto também recebe quimioterapia complementar se houver risco de o tumor voltar. Além disso, também passa por sessões de radioterapia. A complexidade da cirurgia varia de acordo com a localização do tumor. A colostomia – porção do intestino exteriorizada na parede do abdome, por onde são escoados fezes e gases para uma bolsa coletora – pode ser provisória, caso seja possível preservar ou restaurar o esfíncter anal (músculo que controla a abertura e o fechamento do ânus), ou então permanente, dependendo da gravidade. "Depois que o paciente passa pelo desconforto do tratamento, consegue ter uma vida com qualidade", conclui o dr. Dzik.
Se toda a população do mundo comesse em grande quantidade hortaliças, frutas e vegetais frescos teríamos 30% menos tumores. No caso dos cânceres de intestino, reduzir o consumo de gordura animal também é um fator preventivo
Mais que a realização dos exames, as pessoas podem adotar hábitos saudáveis e ganhar mais um aliado na hora de evitar o câncer. "Se toda a população do mundo comesse em grande quantidade hortaliças, frutas e vegetais frescos teríamos 30% menos tumores. No caso dos cânceres de intestino, reduzir o consumo de gordura animal também é um fator preventivo", explica o oncologista.
No caso do câncer de cólon, o diagnóstico precoce está diretamente ligado à cura. Esse tumor é uma pequena úlcera em determinada parte do intestino. Durante a cirurgia, o especialista, além de retirar o tumor, secciona também os linfonodos – uma espécie de íngua –, que drenam tudo o que circula no intestino e, portanto, podem drenar as células cancerígenas. Caso os gânglios contenham células cancerígenas, também é recomendada quimioterapia complementar por cerca de seis meses, na tentativa de reduzir as chances da disseminação da doença.

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Hipocondria pode começar em casa

Você conhece alguém que sabe tudo a respeito de doenças e medicamentos, que está sempre atualizada sobre novos exames e se sente preparada para distribuir diagnósticos para qualquer um que tiver uma reclamação de saúde? Depois de ler esta matéria, repare novamente neste comportamento: pode se tratar de um caso de hipocondria.
Hipocondria pode começar em casa
Diferente do que a maioria acredita o hipocondríaco não é exatamente aquele indivíduo que toma remédio para tudo e a toda hora, mas sim o que pensa frequentemente possuir algum quadro orgânico grave.
Enquanto as pessoas comuns não ligam muito para pequenas dores, desconfortos ou marquinhas na pele, as pessoas que sofrem deste mal interpretam esses fenômenos habituais de maneira particular, geralmente exagerada.
De acordo com o psiquiatra e coordenador do Programa de Atendimento a Estudos de Somatização da Unifesp, Dr. José Atílio Bombana, essas pessoas passam boa parte do tempo coçando, apalpando, analisando ou dando atenção específica ao corpo. "Eles têm um interesse exagerado pelo próprio corpo, funcionando de forma até autoerótica e autoagressiva. Sofrem com o medo de ser portadores de alguma doença importante, que está ligada a algo sério", explica.

A hipocondria

A hipocondria é um dos diagnósticos de um grupo de doenças chamado Transtornos Somatóformes de indivíduos que relatam ter sintomas que não são explicados pelas investigações médicas. "Pacientes com este tipo de transtorno tendem a ter dores e sensações que, ao serem investigadas, não apresentam alterações significantes".
Os sintomas da hipocondria também se apresentam em transtornos não somatóformes, como a depressão. "A diferença é que, nestes casos, quando melhoram do quadro depressivo, deixam de acreditar que possuíam alguma outra doença", afirma.
Enquanto a somatização acontece mais com mulheres, a hipocondria acontece também entre os homens. E tende a ser crônica, com agravamento em períodos de estresse e de muita tensão.
Ainda são investigadas as causas da doença, mas um fator que colabora para o seu surgimento são as famílias que valorizam demasiadamente o corpo, impondo dietas ou treinamentos pesados. Pessoas que convivem com pais com doenças graves como diabetes ou hipertensão também têm um fator predisponente.

Consumo de medicamentos

Consumo de medicamentosConforme descrito acima, a característica principal do hipocondríaco não é a de tomar medicamentos o tempo todo. Em alguns casos, são tão preocupados com a possibilidade de portarem alguma doença que deixam até mesmo de tomar alguns medicamentos prescritos pelo médico. Chegam a acreditar que a medicação pode piorar o seu quadro de saúde ou presentear-lhes com efeitos colaterais indesejados.
"Eles estão frequentemente pesquisando na internet, sabem das novidades em termos de exames e desconfiam até mesmo dos médicos, porque se sentem bastante instruídos a respeito de doenças", afirma o psiquiatra.

Relação médico x paciente

A relação entre um médico e um paciente hipocondríaco pode ser bastante difícil. "Eles tendem a procurar os médicos e a repetirem as mesmas reclamações no consultório. São detalhistas, sofredores e repetitivos. Não se convencem do que o médico fala. É preciso repetir, esmiuçar cada assunto e isso pode gerar uma relação problemática entre o profissional e o paciente".
"São pacientes muito angustiados e apenas buscam alívio nas palavras dos médicos, não é proposital. Estão geralmente à procura de outros profissionais pela dificuldade em acreditar em quem já os atende", afirma Bombana.

Doenças mais comuns

As preocupações mais comuns entre os hipocondríacos são geralmente relacionadas a uma ou duas doenças principais. Problemas no sistema digestivo ou no intestino são reclamações bastante frequentes, por isso muitos iniciam dietas desnecessárias, sempre acreditando que não podem ingerir esse ou aquele alimento. Doenças do coração também são queixas comuns.
Ao deixarem o consultório sem um diagnóstico positivo, tendem a voltar para casa frustrados, com a certeza de que não foram bem investigados.

Riscos

Além da automedicação – que é sempre um perigo para qualquer indivíduo – um dos grandes riscos para pacientes hipocondríacos é se submeter desnecessariamente a procedimentos delicados.
Quando a relação com o médico entra em uma fase de desconforto, com o paciente sempre duvidando de sua palavra, não raro os profissionais vão ficando cada vez mais inseguros em não encontrar o que ele relata e acabam solicitando exames cada vez mais invasivos e até mesmo cirurgias sem necessidade.
"Outro risco bastante nocivo ao paciente é viver em função da doença, deixando de fazer as atividades do dia a dia normalmente, como ter prazer ao lado da família e de amigos, trabalhar ou viajar", afirma o psiquiatra.

Tratamento

Não existe medicação específica para o tratamento de hipocondria. Geralmente, são prescritos antidepressivos, que não curam, mas diminuem os sintomas, e ansiolíticos para reduzir a ansiedade. Para os casos mais graves, a alternativa principal é a psicoterapia.

Como ajudar?

Hipocondríacos se sentem melhor só de serem ouvidos. Para quem convive com um, a indicação é ter paciência para ouvir as reclamações, sem se deixar levar. Não é preciso ir ao médico a toda hora!
"Só de serem ouvidos, já se sentem muito melhor. E para quadros mais importantes, indicamos que ajudem o indivíduo a procurar terapia profissional", conclui o psiquiatra da Unifesp.
O que é hipocondria?
A hipocondria é um estado psíquico crônico em que a pessoa crê, sem fundamentos, ter uma doença grave, sente um razoável medo da morte, é acometida por uma verdadeira obsessão com sintomas ou defeitos físicos irrelevantes, mantém uma auto-observação constante do corpo e mostra descrença nos diagnósticos médicos. Trata-se de uma patologia séria que prejudica muito a vida dos pacientes.