terça-feira, 19 de novembro de 2013

Devo ir ao psicólogo?

Serão apenas sensações passageiras ou esconderão algo mais grave? Saiba quando deve procurar ajuda especializada

Todos nós já passamos por uma situação semelhante: uma tristeza que parece não querer deixar-nos, uma sensação de frustração que nos imobiliza ou uma raiva tal que, irritantemente, nos leva a reagir contra as pessoas ou situações erradas.
Geralmente, passados uns minutos, umas horas, uns dias, já regressamos ao nosso estado normal. Mas e quando ficamos presos nesta rede de emoções e nada parece libertar-nos dela?
Será que devemos procurar um psicólogo? Qual é a fronteira entre um problema de simples resolução e uma situação grave? Para responder a esta e muitas mais questões, conversamos com Vítor Rodrigues, psicólogo clínico, e esclarecemos todas as nossas (vossas) dúvidas.
Qual é o motivo mais frequente para procurar a ajuda de um psicólogo?
Penso que, em geral, a motivação mais frequente é o sofrimento com que a pessoa não está a conseguir lidar: ansiedade e/ou fobias específicas, tristeza, raiva mal expressa. Claro que este sofrimento pode surgir em diversos quadros de perturbação psicológica, com intensidades variáveis.

E quais são os motivos que deveriam levar alguém a uma consulta?
Até certo ponto os mesmos, com a ressalva de que, muitas vezes, as pessoas (sobretudo os homens) deixam o sofrimento intensificar-se demasiado antes de concluírem que não conseguem lidar com ele ou que o preço que estão a pagar é muito elevado.
No entanto, é claro que há diretivas gerais. Diria que devemos procurar ajuda quando sentimos que não estamos a ser capazes de gerir os nossos sentimentos, pensamentos e/ou comportamentos de um modo que seja satisfatório.
Outro indício surge quando começamos quase a estranhar o carácter ou a intensidade das nossas reações, muitas vezes sem compreender bem o que nos está a acontecer.

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