quarta-feira, 27 de novembro de 2013

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO




TOC, ou transtorno obsessivo-compulsivo, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade descrito no “Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais -DSM.IV” da Associação de Psiquiatria Americana. A principal característica do TOC é a presença de crises recorrentes de obsessões e compulsões.
Entende-se por obsessão pensamentos, ideias e imagens que invadem a pessoa insistentemente, sem que ela queira. Como um disco riscado que se põe a repetir sempre o mesmo ponto da gravação, eles ficam patinando dentro da cabeça e o único jeito para livrar-se deles por algum tempo é realizar o ritual próprio da compulsão, seguindo regras e etapas rígidas e pré-estabelecidas, que ajudam a aliviar a ansiedade. Alguns portadores dessa desordem acham que, se não agirem assim, algo terrível pode acontecer-lhes. No entanto, a ocorrência dos pensamentos obsessivos tende a agravar-se à medida que são realizados os rituais e pode transformar-se num obstáculo não só para a rotina diária da pessoa como para a vida da família inteira.
Em geral, os rituais  se desenvolvem nas áreas da limpeza, checagem ou conferência, contagem, organização, simetria, colecionismo, e podem variar ao longo da evolução da doença.
Classificação
Existem dois tipos de TOC:
a) Transtorno obsessivo-compulsivo subclínico – as obsessões e rituais se repetem com frequência, mas não atrapalham a vida da pessoa;
b) Transtorno obsessivo-compulsivo propriamente dito: as obsessões persistem até o exercício da compulsão que alivia a ansiedade.
Causas
As causas do TOC não estão bem esclarecidas. Certamente, trata-se de um problema multifatorial. Estudos sugerem a existência de alterações na comunicação entre determinadas zonas cerebrais que utilizam a serotonina. Fatores psicológico e histórico familiar também estão entre as possíveis causas desse distúrbio de ansiedade.
Sintomas
Em algumas situações, todas as pessoas podem manifestar rituais compulsivos que não caracterizam o TOC. O principal sintoma da doença é a presença de pensamentos obsessivos que levam à realização de um ritual compulsivo para aplacar a ansiedade que toma conta da pessoa.
Preocupação excessiva com limpeza e higiene pessoal, dificuldade para pronunciar certas palavras, indecisão diante de situações corriqueiras por medo que uma escolha errada possa desencadear alguma desgraça, pensamentos agressivos relacionados com morte, acidentes ou doenças são exemplos de sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo.
Frequência
Em geral, só nove anos depois que manifestou os primeiros sintomas, o portador do distúrbio recebe o diagnóstico de certeza e inicia do tratamento. Por isso, a maior parte dos casos é diagnosticada em adultos, embora o transtorno obsessivo-compulsivo possa acometer crianças a partir dos três, quatro anos de idade.
Na infância, o distúrbio é mais frequente nos meninos. No final da adolescência, porém, pode-se dizer que o número de casos é igual nos dois sexos.
Tratamento
O tratamento pode ser medicamentoso e não medicamentoso. O medicamentoso utiliza antidepressivos inibidores da recaptação de serotonina. São os únicos que funcionam.
A terapia cognitivo-comportamental é uma abordagem não medicamentosa com comprovada eficácia sobre a doença. Seu princípio básico é expor a pessoa à situação que gera ansiedade, começando pelos sintomas mais brandos. Os resultados costumam ser melhores quando se associam os dois tipos de abordagem terapêutica.
É sempre importante esclarecer o paciente e sua família sobre as características da doença. Quanto mais inteirados estiverem   do problema, melhor funcionará o tratamento.
Recomendações
* Não há quem não tenha experimentado alguma vez um comportamento compulsivo, mas se ele se repete a ponto de prejudicar a execução de tarefas rotineiras, a pessoa pode ser portadora de transtorno obsessivo-compulsivo e precisa de tratamento;
* Crianças podem obedecer a certos rituais, o que é absolutamente normal. No entanto, deve chamar a atenção dos pais a intensidade e a frequência desses episódios. O limite entre normalidade e TOC é muito tênue;
* Os pais não devem colaborar com a perpetuação das manias e rituais dos filhos. Devem ajudá-los a enfrentar os pensamentos obsessivos e a lidar com a compulsão que alivia a ansiedade;
* O respeito a rituais do portador de TOC pode interferir na dinâmica da família inteira. Por isso, é importante estabelecer o diagnóstico de certeza e encaminhar a pessoa para tratamento;
* Esconder os sintomas por vergonha ou insegurança é um péssimo caminho. Quanto mais se adia o tratamento, mais grave fica a doença.

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Transtorno da compulsão  alimentar periódica
















Dentre os transtornos alimentares, há uma nova categoria diagnóstica proposta pelo DSM-IV, para possível inclusão, denominada transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP). Encontra-se no Apêndice B do DSM-IV e, até o presente estudo, é diagnosticada nos transtornos alimentares sem outra especificação.
A caracterização desse transtorno baseia-se na presença de compulsão alimentar com subsequente angústia devido à ausência de comportamentos regulares voltados para eliminação de o excesso alimentar. A compulsão alimentar é definida atualmente por “ingestão, em um período limitado de tempo, de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria num período similar, sob circunstâncias similares, com sentimento de falta de controle sobre o consumo alimentar durante o episódio”.
O TCAP foi descrito a partir de observações de pacientes obesos, porém, apesar de bastante frequente nesse grupo, também acomete indivíduos de peso normal. Cerca de metade dos pacientes desenvolve a compulsão alimentar mesmo antes de se envolver em dietas, o que favorece, por sua vez, o ganho de peso. Estudos epidemiológicos descrevem uma prevalência de TCAP em 2% da população geral e cerca de 30% de obesos que procuram serviços especializados para tratamento de obesidade. A obesidade, no entanto, não é considerada uma doença psiquiátrica nem uma condição para um diagnóstico de transtorno alimentar; trata-se de uma condição física que advém de múltiplas causas e pode trazer variadas consequências.
O critério de diagnóstico para TCAP proposto pelo DSM-IV requer a presença de:
*  Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado por ambos os seguintes critérios:
               1. Ingestão, em um período limitado de tempo (por exemplo, dentro de um período de duas horas), de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria em um período similar, sob circunstâncias similares;
               2. Um sentimento de falta de controle sobre o episódio (por exemplo, um sentimento de não conseguir parar ou controlar o que ou quanto se come).
* Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes critérios:
1.  comer muito e mais rapidamente do que o normal;
2.  comer até sentir-se incomodamente repleto;
3.  comer grandes quantidades de alimentos, quando não está fisicamente faminto;
4.  comer sozinho por embaraço devido à quantidade de alimentos que consome;
5.  sentir repulsa por si mesmo, depressão ou demasiada culpa após comer excessivamente.
* Acentuada angústia relativa à compulsão alimentar.
* A compulsão alimentar ocorre, pelo menos, dois dias por semana, durante seis meses.
* A compulsão alimentar não está associada ao uso regular de comportamentos compensatórios inadequados (por exemplo, purgação, jejuns e exercícios excessivos), nem ocorre durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa.
Portanto, de acordo com os critérios de diagnósticos, é necessário que a compulsão alimentar se dê em um período de tempo delimitado, o que exclui, por exemplo, indivíduos que “beliscam” o dia todo pequenas quantidades de alimentos. A quantidade de alimentos deve ser grande para um determinado período (por exemplo, período de duas horas), mesmo considerando-se que esse julgamento seja subjetivo.
Além disso, é importante o sentimento de perda de controle, em que o indivíduo fica sem liberdade para optar entre comer ou não comer. Por fim, o paciente deve apresentar sofrimento relativo a esse comportamento recorrente e ter sua vida pessoal comprometida em virtude dessa enfermidade.
O TCAP acomete indivíduos de todas as raças, com distribuição aproximada entre os sexos (três mulheres para cada dois homens), geralmente tendo início no final da adolescência. Mulheres com esse diagnóstico apresentam índice de massa corporal (IMC= peso/altura ao quadrado) mais alto do que mulheres sem TCAP, assim como oscilações de peso mais frequentes e maior dificuldade em aderir ou manter o peso ao tratarem a obesidade. Costumam se auto avaliar, principalmente em função de seu peso e forma do corpo, diferentemente dos obesos sem TCAP. Estudos apontam não só escores mais elevados de sintomatologia depressiva como, em média, depressão clínica completa em 50% dos casos.
Muitos autores apontam “traços” de personalidade comuns em pacientes com TCAP: baixa auto-estima; perfeccionismo; impulsividade; e pensamentos dicotômicos (do tipo “tudo ou nada”, ou seja, total controle ou total descontrole).

Diagnóstico diferencial
O principal diagnóstico diferencial a ser feito é com a bulimia nervosa. A compulsão alimentar ocorre em ambos os casos, embora as bulímicas sejam ainda mais preocupadas com o peso e, em geral, mantenham-no dentro dos limites da normalidade. Bulímicas tendem a tentar compensar o excesso alimentar imediatamente após o episódio, com métodos purgativos, especialmente vômitos, laxantes e diuréticos (em 90% dos casos). Com isso, os episódios de bulímicas costumam ser mais facilmente identificados, pois geralmente são marcados (término) pela purgação. Pacientes com TCAP até podem fazer uso de métodos purgativos, mas não costumam fazê-lo com tanta frequência e regularidade. Já o diagnóstico diferencial com bulímicas não purgadoras é mais difícil, devendo-se considerar o padrão alimentar mais restritivo do que em pacientes bulímicas. Os jejuns e os exercícios físicos extenuantes costumam ser feitos para compensar um eventual ganho de peso com a compulsão; esses comportamentos não são tão comuns em pacientes com TCAP.
Outro diagnóstico diferencial é a depressão atípica, que, em geral, envolve hiperfagia e ganho de peso entre outros sintomas. Apesar de sintomas depressivos ser comuns em pacientes com TCAP, deve-se avaliar o que é primário em cada caso: se a preocupação central é com o comportamento alimentar descontrolado, e consequente ganho de peso e baixa auto-estima, ou se prevalecem aspectos de pessimismo geral em relação à vida, tristeza e descuido de si mesmo (desvalor do corpo e saúde).
Tratamento
As pesquisas sobre o tratamento do TCAP estão em fase inicial, e, até o presente estudo, não há evidências científicas de que uma abordagem seja superior à outra. As abordagens estudadas com mais ênfase são os tratamentos com antidepressivos e as psicoterapias, sendo que as intervenções combinadas parecem ser mais eficazes.
O objetivo do tratamento é estabelecer hábitos saudáveis de alimentação e ajudar o paciente a evitar todas as formas de hiperalimentação.
A hospitalização raramente é necessária. A experiência clínica e de pesquisa indica que a grande maioria das pessoas com TCAP pode ser tratada ambulatoriamente. A hospitalização se indica quando, por exemplo, o paciente apresenta um quadro muito grave associado à depressão , ao risco de suicídio ou também a outras complicações físicas.
As drogas mais estudadas no tratamento do TCAP são os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina, sertralina) e o tricíclico imipramina.
Hudson et al5 dão as seguintes recomendações para o tratamento do TCAP com antidepressivos:
1.  antidepressivos podem ser considerados como uma opção para todos pacientes com TCAP, principalmente para aqueles que não responderam aos tratamentos psicossociais.
2.  comece com um inibidor seletivo da recaptação da serotonina (fluoxetina, fluvoxamina, paroxetina ou sertralina).
3.  esteja preparado, se necessário, para conduzir um mínimo de três testes com antidepressivos, no sentido de obter a melhor resposta.
4.  use doses de medicação e duração de tratamento similares àquelas utilizadas no tratamento da bulimia nervosa e da depressão maior.
As doses podem ser elevadas gradualmente a cada duas a três semanas, observando seus efeitos sobre o comportamento alimentar compulsivo, assim como o efeito sobre o humor. A droga mais utilizada tem sido a fluoxetina (Prozac, Fluxene, Daforin, Eufor, Verotina), sendo que estudos em pacientes bulímicas apontam diferenças significativas sobre a compulsão alimentar quando se utiliza 60 mg diários frente à dose de 20 mg. Não existem estudos sobre quando interromper o tratamento de forma definitiva. Recomenda-se seguir o tratamento por no mínimo um ano após a remissão dos sintomas. Algumas drogas utilizadas para obesidade têm sido testadas mais recentemente e apontam para resultados favoráveis sobre o comportamento compulsivo; é o caso da sibutramina (Reductil e Plenty), na dose de 10 mg a 15 mg diários. No entanto, deve-se atentar para interações medicamentosas, já que obesos, por várias vezes, fazem usos de outras drogas ou apresentam comorbidades clínicas (como hipertensão).
Caso o paciente esteja utilizando um IMAO (inibidor da monoamino-oxidase), deve-se respeitar o período mínimo de intervalo de 15 dias entre a retirada desse inibidor e a introdução de outro antidepressivo.
As abordagens psicoterápicas mais utilizadas e testadas são: terapia cognitivo-comportamental; terapia comportamental; psicoterapia focal; psicoterapia interpessoal; psicoterapias psicodinâmicas; tratamentos de auto-ajuda; e intervenções psicoeducacionais. Essas abordagens podem ser aplicadas individualmente ou em grupo.
A terapia cognitivo-comportamental é a que, dentre as acima citadas, tem sido mais estudada e a que aponta melhores resultados. Trata-se de uma psicoterapia de curto prazo (cerca de 12 a 16 sessões), que enfoca aspectos cognitivos do problema (pensamentos distorcidos) como a auto-avaliação centrada no peso e forma do corpo, baixa auto-estima, perfeccionismo e outros aspectos, enquanto a parte comportamental enfoca os hábitos alimentares inadequados.








TRANATORNO COMPULSIVO POR COMPRAS






Oniomania (do grego onios, à venda, e mania, insanidade) é o termo técnico para o desejo compulsivo de comprar, mais comumente conhecido como síndrome do comprar compulsivo. O termo foi inicialmente utilizado por Kraepelin em 1915 e Bleuler em 1924. Embora tenha sido descrita há mais de cem anos, só nos últimos 15 anos a doença voltou a ser estudada, o que faz com que seja virtualmente desconhecida nas discussões sobre saúde mental. No entanto, o quadro parece estar a aumentar globalmente já que o terreno para seu desenvolvimento é fertil no mundo moderno, com o advento de catálogos de compras pelos correios, canais de televisão dedicados a vendas e compras pela internet.
Várias figuras históricas apresentaram episódios de compras em excesso. A rainha francesa Maria Antonieta era conhecida e odiada por seus excessos. Na mesma lista figuram nomes como Jackeline Kennedy Onassis, Imelda  Marcos e a Princesa Diana. Segundo seus biógrafos, os episódios de compras desregularadas custaram-lhes dinheiro, problemas pessoais e, no caso de Maria Antonieta, a própria vida. Se de fato estas figuras apresentavam oniomania é motivo de especulações. Como o transtorno propriamente dito ainda nem mesmo figura nos sistemas de classificação em psiquiatria (CID-10 e DSM-V-TR), não há uma uniformidade de critérios e nomes para defini-lo de forma adequada. Neste momento pessoas com compulsão por compras são enquadradas em "outros transtornos dos impulsos" e ainda há muita discussão se a oniomania é de fato um transtorno psiquiátrico em si ou um construto destes tempos modernos de materialismo e consumismo. Mesmo entre o que acreditam que sua classificação está por vir no DSM-V, debate-se se é um transtorno que assemelha-se às dependências químicas, se faria parte do espectro obsessivo-compulsivo ou se é mais classificado em dependências comportamentais. Todas estas especulações tornam difícil seu diagnóstico, mas alguns critérios foram sugeridos na literatura científica (McElroy et al., 1994):
1. Preocupações ou compras mal-adaptadas como indicadas pelos seguintes:
  • Preocupações ou impulsos frequentes que são sentidos como irresistíveis, intrusivos ou sem sentido
  • Compras frequentes de mais do que se pode pagar, de itens que não são necessários ou comprar por períodos maiores do que planejado
  • Evidência de sofrimento marcado, consumo do tempo, interferência significativa do funcionamento social ou ocupacional, ou problemas financeiros
2. Não ocorre exclusivamente durante períodos de hipomania ou mania

Segundo a literatura científica no assunto, do dinheiro gasto pelos compradores compulsivos, 96% os gastam em roupas, 75% compram sapatos, 33% maquiagem, 42% jóias, 21% CDs e 25% gastam com itens colecionáveis (Christenson et al., 1994).

Para os leigos, algumas perguntas podem ajudar a avaliar seu comportamentos de compras:


  • Você se sente preocupado\a em demasia com o ato de comprar ou gastar dinheiro?
  • Você acha que seu comportamento de comprar é excessivo, impróprio ou descontrolado?
  • Seus desejos, urgências, impulsos, comportamentos ou fantasias sobre comprar consomem muito tempo e lhe deixam chateado\a ou culpado\a e ocasionam sérios problemas na sua vida?


Como reconhecer se você é um comprador compulsivo?

Compradores compulsivos, quando se sentem deprimidos compram ou gastam para sentir-se melhor. Eles comprar para sentir um efeito euforizante, de certa forma semelhante a um toxicodependente, que usa drogas para conseguir um "barato". Em geral, quanto mais caro ou mais supérfluo o item comprado (por exemplo, joias), maior o efeito euforizante. As compras compulsivas afetam mais mulheres que homem e em geral o comprador gasta em coisas que não precisa. As festas de fim de ano ou datas comemorativas caracterizadas por compras fazem com que todos nós gastemos mais do que planejado. Todos sofremos com compras compulsivas nestas épocas, que chamamos de "binge". Um comprador compulsivo apresenta diversos períodos de binge por ano e estes podem ser restritos a apenas um tipo de compra, como sapatos, por exemplo. Na casa de um comprador compulsivo podem se encontrar pilhas de objetos comprados ainda com as etiquetas. Muitas vezes compra-se roupas ou sapatos que nem mesmo servem. Alguns nem mesmo se lembram de tê-los comprado. Quando a família começa a reclamar do comportamento, o comprador compulsivo começa a mentir ou a comprar escondido e a esconder os objetos pela casa. Conforme as dívidas começam a acumular, os relacionamentos interpessoais sofrem.

Tratamento

Como o transtorno ainda não é bem definido na literatura científica, diversos tratamentos  tem sido propostos:

  • psicoterapia (seja ela psicanalítica, cognitivo-comportamental)
  • tratamento com medicamentos para os casos mais graves
  • mudança de hábitos
Mudança de hábitos

Para prevenir compras compulsivas, os sofredores são orientados a alterar alguns hábitos em suas vidas:
  • Compre apenas com dinheiro e cartão de débito.
  • Destrua seus cartões de crédito, deixando apenas um guardado em local seguro para o caso de emergências.
  • Faça listas de compras e só compre o que está na lista
  • Evite lojas em promoção. Se você for a uma, tenha a quantia certa de dinheiro que queira gastar consigo.
  • Só passeie para ver vitrines quando as lojas já estiverem fechadas. Se você for passear em lojas ou ver vitrines em horário comercial, deixe sua carteira em casa.
  • Não receba catálogos de compras por telefone ou internet em casa. Se eles chegarem pelo correio, jogue-os direto no lixo. Não assista canais de compras
  • Se você for viajar para ocasiões festivas, compre os presentes e embrulhe-os antes mesmo de sair de casa.
  • Nomeie os sentimentos: porque você compra? Porque está deprimido? Porque está entediado? Porque está se sentindo mal?
  • Exercite-se quando o impulso de comprar aparecer
  • Evite lugares e pessoas que fazem com que você gaste dinheiro
  • Leve um amigo em quem possa confiar se tiver que fazer compras
  • Pergunte a si mesmo: eu realmente preciso disto ou estou comprando só porque o quero?
  • Lembre-se: se você está se sentindo fora de controle é porque realmente o está. Procure ajuda de um profissional de saúde mental para avaliação.

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