terça-feira, 26 de novembro de 2013





O que é Epilepsia?

É uma alteração temporária e reversível do funcionamento do cérebro, que não tenha sido causada por febre, drogas ou distúrbios metabólicos e se expressa por crises epilépticas repetidas.
Causas
A causa pode ser uma lesão no cérebro, decorrente de uma forte pancada na cabeça, uma infecção (meningite, por exemplo), neurocisticercose ("ovos de solitária" no cérebro), abuso de bebidas alcoólicas, de drogas etc. Às vezes, algo que ocorreu antes ou durante o parto. Muitas vezes não é possível conhecer as causas que deram origem à epilepsia.
Sintomas de Epilepsia

As crises epilépticas podem se manifestar de diferentes maneiras:
A crise convulsiva é a forma mais conhecida pelas pessoas e é identificada como "ataque epiléptico". Nesse tipo de crise a pessoa pode cair ao chão, apresentar contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e, às vezes, até urinar.
A crise do tipo "ausência" é conhecida como "desligamentos". A pessoa fica com o olhar fixo, perde contato com o meio por alguns segundos. Por ser de curtíssima duração, muitas vezes não é percebida pelos familiares e/ou professores.
Há um tipo de crise que se manifesta como se a pessoas estivesse "alerta" mas não tem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente. Durante esses movimentos automáticos involuntários, a pessoa pode ficar mastigando, falando de modo incompreensível ou andando sem direção definida. Em geral, a pessoa não se recorda do que aconteceu quando a crise termina. Esta é chamada de crise parcial complexa.
Diagnóstico

Para caracterizar a epilepsia, é indispensável haver recorrência espontânea das crises com intervalo de no mínimo 24 horas entre elas. Um episódio único não é indicativo da síndrome. Ouvir a história do paciente e o relato das pessoas que presenciaram a crise também ajuda a determinar o diagnóstico. Além disso, é preciso certificar-se de que não existe nenhum fator precipitante da crise, seja tóxico, seja provocado por alguma outra doença.

Tratamento de Epilepsia
O tratamento das epilepsias é feito através de medicamentos que evitam as descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas. Acredita-se que pelo menos 25% dos pacientes com epilepsia no Brasil são portadores em estágios mais graves, ou seja, com necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, sendo as crises frequentemente incontroláveis e então candidatos a intervenção cirúrgica. No Brasil já existem centros de tratamento cirúrgicos aprovados pelo Ministério da Saúde.
Como proceder durante as crises:
·         Coloque a pessoa deitada de costas, em lugar confortável, retirando de perto objetos com que ela possa se machucar, como pulseiras, relógios, óculos
·         Introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas na língua
·         Levante o queixo para facilitar a passagem de ar
·         Afrouxe as roupas
·         Caso a pessoa esteja babando, mantenha-a deitada com a cabeça voltada para o lado, evitando que ela se sufoque com a própria saliva
·         Quando a crise passar, deixe a pessoa descansar
·         Verifique se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa sugerir a causa da convulsão
·         Nunca segure a pessoa (deixe-a debater-se)
·         Não dê tapas
·         Não jogue água sobre ela.
Recomendações

Recomendações

* Não deixe de tomar a medicação sob nenhum pretexto. Da adesão ao tratamento, depende o controle das crises e, consequentemente, a qualidade de vida;
* Não interrompa as visitas ao médico enquanto estiver tomando o medicamento. É preciso evitar que possíveis efeitos colaterais possam ser atribuídos erroneamente à epilepsia. No entanto, caso eles ocorram, há como ajustar a dose ou trocar o medicamento por outro;
* Não reduza a dose do remédio prescrito pelo médico por conta própria. O controle das crises depende do uso contínuo da dose adequada para o seu caso;
* Não se preocupe. O fato de pai ou mãe serem portadores de epilepsia não aumenta o risco de o filho nascer com o distúrbio. A possibilidade é semelhante à dos casais que não apresentam a síndrome;
* Procure assistência médica para avaliação, mesmo que a crise epilética tenha sido uma só e de curta duração;
* Mantenha a calma diante de uma pessoa com crise do tipo convulsivo que geralmente dura poucos segundos ou minutos e passa sozinha. Enquanto ela está se debatendo, apoie sua cabeça para evitar um trauma e vire seu rosto de lado para eliminar o acúmulo de saliva ou para impedir que se asfixie com o próprio vômito. É preciso ficar claro que ela jamais conseguirá engolir a língua, um músculo que também se contrai durante a crise por causa da contratura muscular generalizada característica da epilepsia. O máximo que pode acontecer é o paciente mordê-la e feri-la, mas ela cicatrizará sem problemas depois. Portanto, não coloque colheres, cabos de garfos ou qualquer outro objeto na boca do doente;
* Não restrinja os movimentos da pessoa que está recobrando a consciência e parece confusa e sonolenta depois de uma crise;
* Não tenha medo nem preconceitos. Epilepsia não é uma doença contagiosa, nem é sinal de loucura.
www.epilepsia.org.br


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