FELIZ ANO NOVO
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
FORMAS DE PENSAR QUE DESTROEM A SUA FELICIDADE
Todos nós estamos geneticamente preparados para a
felicidade, mais especificamente para a felicidade hedônica. A palavra grega
hedonê significa “prazer” e dela provém o termo hedonismo. O precursor do hedonismo foi o filósofo grego Aristuppus (435-366 BCE) que defendia a boa vida
pela experiência de maximização do prazer e minimização da dor, e que a
felicidade surgiria como a totalidade dos momentos hedônicos experienciados
pela pessoa. Basicamente a felicidade hedónica está relacionada com os momentos
prazerosos associados aos nossos cinco sentidos, e com as experiências
positivas que estes nos proporcionam, como por exemplo, o calor do sol, ou o
sabor doce e a sensação refrescante de um gelado, ou o êxtase de ver a nossa
equipa de eleição vencer. Deste ponto de vista podemos considerar que
felicidade é a soma dos vários momentos prazerosos experienciados. Numa
perspectiva diferente temos a felicidade heudaimónica. Aristóteles, filósofo
grego propulsor do eudaimonismo, postula que toda atividade humana tem um fim.
Eudaimonia, enquanto estado subjetivo, envolve os sentimentos que ocorrem
quando a pessoa se move em direção à autor realização para que possa
desenvolver os seus potenciais e conferir propósito à sua vida (Waterman,
Schwartz & Conti, 2006).
Acredito que ambas
as perspectivas anteriores acerca da felicidade estão presentes na vida de cada
um de nós. Por vezes, afastamo-nos das boas sensações que o nosso corpo nos
pode proporcionar, assim como dos nossos objetivos e propósitos de vida,
emergindo o sofrimento, angustia e infelicidade. Se você percepciona que tem um
conjunto de comportamentos que vão destruindo a sua felicidade, proponho que
reflita sobre as possíveis formas de agir e pensar que podem estar contribuindo
para o seu mal-estar, e assim, mudar a vida para melhor.
VOCÊ
FICA ANGUSTIADO ACERCA DO SEU FUTURO E ESQUECE O CAMINHO JÁ PERCORRIDO
Antecipar o futuro de forma angustiante é a receita
para se sentir desanimado. Este mau hábito aumenta drasticamente as chances de
desistir dos seus sonhos, fazendo-o sofrer por antecipação. Em vez de
concentrar-se na sua perspectiva de futuro catastrófica, olhe para aquilo que
já conseguiu e aprendeu para que possa organizar-se face aquilo que pretende
melhorar ou atingir.
2.
VOCÊ TEM MEDO DE CAMINHAR PELO SEU PÉ, IMpORTANDO-SE
EM DEMASIA.
Esta é uma grande
armadilha da qual você necessita ficar atento. Ainda que possa necessitar de
algum tipo de suporte para algumas coisas ou em alguma fase da sua vida, não
confunda isso com negação das suas capacidades para atingir o que pretende. É
assim que as pessoas podem enraizar uma mentalidade de vítima,
ou ficarem dependentes de terceiros, tendo de aceitar situações que não lhes
servem, como por exemplo, permanecer num relacionamento abusivo. A
verdade é que a grande maioria das pessoas tem o poder para se propor às coisas
que pretende alcançar na vida. Mas para que se comprometa com essa ideia e
passe a agir com essa crença, primeiro precisa perceber que pode estar
privando-se da oportunidade de fazer isso acontecer. Sim, isso é exatamente o
que muitas pessoas fazem. Simplesmente não dão a elas mesmas a oportunidade de
tentar pelos seus próprios meios, levando-as a desenvolver medo de caminhar
pelo seu próprio pé.
3.
VOCÊ ACHA QUE SÓ IRÁ SER FELIZ QUANDO ATINGIR UM DETERMINADO OBJETIVO
Quando focamos a
nossa felicidade no futuro, em algo que queremos alcançar para sermos
verdadeiramente felizes, podemos entrar num caminho tortuoso e miserável. “Só
vou ser feliz quando tiver o corpo perfeito.” Neste exemplo, a pessoa está a
fazer uma afirmação absolutista ancorada a um objetivo específico, remetendo
todas as outras áreas da sua vida para segundo plano. Coloca um filtro
extremamente redutor, quer em termos temporais, quer em termos de outros
objetivos alcançados ou prazeres experienciados. Nesse meio tempo, é usual a
pessoa sentir-se miserável porque o seu corpo não cumpre os padrões
pretendidos. Se este tipo de pensamento for sendo aplicado ao longo do tempo e
generalizado a outros objetivos que a pessoa se proponha, a obsessão instala-se
e a felicidade é afetada negativamente. Cuidado com este ciclo de pensamento a
que podemos chamar de armadilha da felicidade.
Mesmo que a pessoa atinja os seus objetivos, por exemplo, fique com o corpo em forma,
ganhe mais dinheiro, rapidamente se propõe a outros objetivos e encontrará
novos motivos para continuar infeliz e a sentir-se miserável.
Ainda que seja saudável e benéfico traçar objetivos
e propor-nos a novos desafios que possam gerar bem-estar e contribuir para a
nossa felicidade, é contraproducente colocar a totalidade da nossa satisfação
de vida na obtenção de um determinado resultado.
4.
VOCÊ VÊ A FELICIDADE COMO ALGO EXTERIOR AO INVÉS DE ALGO INTERIOR
Provavelmente, em
comparação com os outros, você ache que ser feliz é
ter melhor currículo, ganhar mais dinheiro, ou ter a esposa mais linda. No
entanto, muitas das pessoas que não possuem isso também são felizes. Obviamente
que as nossas conquistas, conforto e bens materiais podem contribuir para o
nosso bem-estar e promover o nosso sentimento de felicidade, mas resumi-la a
isso é destruí-la. Talvez o hábito tenha sido enraizado devido a uma sociedade
extremamente competitiva, e o sentimento miserabilista imperar para aqueles que
julgam não ter o que supostamente acham que deveriam ter. A felicidade é
algo interno, na relação que estabelecemos conosco mesmos, com os outros, com o
mundo em geral e no equilíbrio entre o que desejamos e aquilo que obtemos. É um
sentimento, e você pode senti-lo a qualquer momento. Da próxima vez que você
diga a si mesmo que primeiro precisa de algo para ser feliz: pense novamente. A
afirmação que está fazendo é racional, razoável e saudável?
5.
VOCÊ NÃO CUIDA DE SI MESMO
Certamente você
tem consciência de um conjunto de atividades que deveria realizar para promover
e manter a sua saúde. Sabe que deve exercitar-se mais, comer alimentos baixos
em gordura, descansar, mas pode ter vindo a descuidar-se. Você sabe que deveria
ser mais autodisciplinado. Como resultado, pode sentir-se culpado. Um bom
estado de saúde é sem dúvida um enorme suporte para a felicidade.
Sabemos disso principalmente quando sentimos um abalo na nossa saúde. Faça o
que tiver ao seu alcance para não destruir a sua felicidade, cuidando de você
mesmo. Livre-se da culpa que pode sentir por não ter vindo a ter alguns
cuidados consigo e passe à ação.
6.
VOCÊ DESEMPENHA O PAPEL DE VÍTIMA
Você não precisa queixar-se taxativamente para
desempenhar o papel de vítima na sua vida. Digamos que você “não pode” fazer
isto ou aquilo, ou acha que não consegue sem se propor a isso? Provavelmente
está jogando o papel de vítima. Pode não ter plena consciência disso, ou ter
benefícios subjacentes ao desempenhar esse papel. Por exemplo, se você está
acima do peso e sente-se vítima devido a isso, pode secretamente sentir-se
orgulhoso por ir contra as revistas que constantemente dispararam a ideia de
que você deveria emagrecer. Ou, se você está sobrecarregado, pode começar a
gabar-se para os outros acerca da quantidade de coisas que faz e tem à sua
responsabilidade. Agora que ficou mais alerta para a possibilidade de poder
estar a desempenhar o papel de vítima, pergunte a si mesmo: “Quais as vantagens
que recebo de estar na minha situação atual?” Seja honesto, e liste pelo menos
sete. Você pode ficar surpreendido. Essas supostas vantagens podem estar a
prendê-lo na sua vitimização.
7.
VOCÊ FOCALIZA EM DEMASIA A SUA ATENÇÃO NOS ERROS E NO QUE É MAU
Aquilo em que focamos a nossa atenção expande-se.
Se você desenvolveu um filtro demasiado estreito para tudo o que possa estar
mal, para os erros e fracassos, para os seus e os dos outros, certamente está a
ser alvo de estímulos negativos. Não quero passar a mensagem que não devemos
prestar atenção para aquilo que não está bem na nossa vida, ou que não devemos
analisar os erros que cometemos. Ter consciência do que acontece de negativo na
nossa vida pode ser vantajoso. No entanto, não deveremos ficar presos apenas
nos cenários negativos. O que importa fazer é analisar o que precisa de ser
melhorado, reparado ou aprendido e depois orientar a atenção e recursos para a
construção de uma solução. Ficar a ruminar nos erros ou nas coisas ruins,
alimentar tudo isso e desenvolver uma crítica negativa destruidora, nada de bom
trás à pessoa que desenvolve essa forma perniciosa de olhar a vida.
8. VOCÊ ACHA QUE AS OUTRAS PESSOAS NÃO GOSTAM DE SI
Acredito que algumas pessoas possam não gostar. Não
podemos agradar a Gregos e Troianos. Mas acredito também que existem pessoas
que gostam de você. Se a ideia de que os outros não gostam de você paira na sua
mente, faça o exercício saudável de contestação. Faça uma lista das dez pessoas
que tem a certeza que gostam de você. Se conseguir completar a lista, não pode
continuar a ter essa crença irrealista. Se eventualmente a ideia permanece,
perceba o que pode ter vindo a fazer para que isso aconteça. Ainda assim, as
pessoas que não o conhecem não podem ter razões para não gostar de você.
Principalmente para as pessoas que conhece pela primeira vez, você tem a
oportunidade de estabelecer uma relação sustentável e apreciativa. Se for o seu
caso, esforce-se por isso.
9.
VOCÊ RACIONALIZA O SEU MAU COMPORTAMENTO
Todos nós sem
exceção temos momentos na nossa vida que se encaixam no que podemos chamar de
mau comportamento. Podemos ser agressivos nas nossas palavras, ou
recorrentemente sermos injustos com determinada pessoa, ou não prestar atenção
com quem necessita da nossa ajuda. Mas se de forma crônica nos comportamos
indevidamente e racionalizamos esse comportamento desajustado numa tentativa de
proteção do ego, tornamo-nos cegos à melhoria comportamental. Ter maus
comportamentos não faz necessariamente de nós más pessoas. Faz de nós uma
pessoa que se comporta de forma desadequada, podendo prejudicar a si mesmo e
aos outros. Nesta linha comportamental não existe espaço para o florescimento
pessoal, e com isso a felicidade é destruída.
10.
VOCÊ COLOCA A CULPA DE TUDO EM SI MESMO
Esta estratégia de colocarmo-nos no epicentro da
culpa de tudo o que acontece de pior na nossa vida, apelido-a de uma fuga para
o lado. A pessoa assume que tem pouco valor, pouca habilidade ou poucos
recursos e por isso é normal que seja a culpada das coisas piores que lhe
acontecem ou que estão relacionadas com ela. Se for o seu caso, não se culpe a
si mesmo por tudo e por nada, só para fugir à realidade e assim ficar no seu lado
confortável. A culpa pode já ter-se tornado em algo confortável e que tem à mão
para lidar com as situações incômodas. Tente separar-se da situação e, em
seguida, analise melhor o que pode estar a acontecer e perceba se realmente é
adequado culpabilizar-se ou se é mais benéfico perceber o que pode mudar nas
suas ações ou na situação, para que numa próxima oportunidade possa fazer
melhor.
11.
VOCÊ É UM REALISTA FOCADO NO PASSADO
Você acha que ser realista irá torná-lo mais
objetivo, mas será realmente um “realista” ou é um “realista focado no
passado”? Pondere sobre o seguinte: Tudo o que experimentamos hoje é o
resultado do que aconteceu ontem, na semana passada, no mês passado, etc. No
entanto, podemos igualmente considerar que o futuro é o resultado do que
fazemos hoje, mais os acontecimentos do passado. Se você se focar naquilo que
pretende vir a realizar ou a melhorar, isso passa a orientar as suas ações no
presente. Ou seja, caso o seu passado não tenha sido aquilo que mais desejava,
ao invés de se condicionar apenas por aquilo que já aconteceu, pode optar por
orientar a sua vida por aquilo que pretende que lhe aconteça. Pondere passar a
orientar-se muito mais focado no futuro. O futuro que quer ver materializado.
Acredito que a sua motivação irá alavancar e com isso caminhar mais esperançado
no presente.
12.
VOCÊ QUER MELHORIAS RÁPIDAS
Se você se encontra numa situação em que pretende
aprender algo que é necessário para a sua vida, ou precisa mudar algum hábito,
ou instituir uma nova rotina ou estilo de vida, e quer ver resultados imediatos
das suas ações, certamente vai deparar-se com o fracasso. Se isto tem vindo a
ser recorrente na sua vida, você está agindo com base no desespero e ansiedade.
Na verdade, é como se necessitasse muito de algo, mas não está disposto a
“pagar” a fatura com esforço da sua parte.
13.
VOCÊ NÃO PRATICA A GRATIDÃO
Pense em
algo na sua vida em que você se sente feliz por ter. Faça isso. Reconheça isso.
Sinta-se afortunado e grato por ter isso na sua vida. Por vezes simplesmente
ignoramos as coisas boas que temos na vida, damos isso como garantido. Acredito
que praticar a gratidão e transformá-la num hábito é promotor de felicidade
e equilíbrio emocional.
14.
VOCÊ ESPERA QUE OS OUTROS SEJAM A SUA SALVAÇÃO
Você acha que não
sabe o suficiente sobre X e precisa de alguém para ajudá-lo. Isso pode ser
verdade, mas às vezes é apenas uma desculpa para não colocar as suas mãos na
massa. Você, pouco a pouco vai deixando de responsabilizar-se pela sua melhoria
de vida. Raramente é devido às pessoas serem preguiçosas que isto acontece. É
principalmente porque se acham incompetentes, ou incapazes, ou eventualmente
não querem sair da sua zona de conforto e
propor-se a novas experiências.
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HÁBITOS TÓXICOS QUE ANIQUILAM A SUA MOTIVAÇÃO
A motivação gera-nos grande impulso para a ação
face aos objetivos que pretendemos alcançar ou sonhos que queremos realizar.
Quando nos sentimos motivados emerge uma força de vontade enorme que facilita a
obtenção do que desejamos. Indubitavelmente a motivação é uma força em ação que
promove a realização daquilo que nos é significativos. Mas por vezes, no
percurso para sermos bem sucedido deparamo-nos com alguns obstáculos que podem
promover alguns maus hábitos que aniquilam a motivação. São hábitos que nos
colocam num estado emocional desfavorável, retiram-nos foco, objetividade e
promovem o desenvolvimento de crenças disfuncionais. Para nos sentirmos
realizados é muito importante termos um enorme impulso face a algo que nos é
significativo, mas importa igualmente certificarmo-nos que alguns dos nossos
comportamentos não se viram contra nós mesmos.
hábitos tóxicos que fazem diminuir a sua motivação:
1. VOCÊ DESEJA SER PERFEITO
Perseguir a
perfeição é a maneira mais rápida de aniquilar a sua motivação. Se você evita
começar algo ou não se propõe a algum desafio ou projeto porque julga não
conseguir realizar a tarefa na perfeição, certamente gerou a crença
disfuncional de que tem de ser perfeito em tudo o que faz. O seu perfeccionismo
transformou-se num obstáculo à sua
motivação. Você desenvolveu um pensamento de tudo ou nada.
Ou faz na perfeição ou não vale a pena fazer. O que pode prejudicá-lo sempre
que você não se percepcionar vir a ser totalmente eficaz ou a realizar algo na
perfeição. Da próxima vez que você estiver trabalhando num projeto, diga a si
mesmo que está no processo de melhoramento. Que o que está a realizar não é algo
acabado, e que pode ser melhorado à medida que vai avançando. Isto permite que
se proponha a iniciar aquilo no qual poderá ter ficado paralisado. Ter algo
feito é melhor do que nunca iniciar nada.
2. VOCÊ COMPARA-SE AOS OUTROS
Estar
constantemente a comparar-se aos outros pode ser uma das maneiras mais fáceis
de perder a motivação. Quando nos comparamos aos outros (aqueles que têm mais
ou obtém melhores resultados que nós) e isso faz disparar auto avaliações
negativas, conduzindo-nos a um diálogo autocrítico negativo, tendemos a
diminuir os nossos níveis de energia e a aumentar a descrença nas nossas
capacidades, habilidades ou esforços. Quando nos comparamos por defeito, por
estarmos “abaixo” dos outros, no retorno, podemos ter a percepção de uma grande
discrepância entre o que os outros estão a alcançar e aquilo que nós não
estamos a conseguir, levando-nos a desistir. Foque-se naquilo que julga
conseguir realizar, e se percepcionar que não está a obter o que deseja, oriente
a sua atenção para estratégias que possam aumentar a probabilidade de ser bem sucedido.
3. VOCÊ NÃO ACREDITA EM VOCÊ MESMO
Se você não acreditar em você mesmo, quem o fará?
Pare de perder tempo e energia botando-se para baixo. Da próxima vez que você
se estiver sentindo para baixo, force-se a pensar em alguma coisa que você faz
bem. Foque a sua atenção nas suas forças, naquilo que são as suas habilidades.
Se tiver dúvidas, pergunte a um amigo chegado. Não faças avaliações do seu
valor baseando-se apenas em filtros negativos. Ou seja, não olhe apenas para
aquilo que não conseguiu realizar ou atingir. Recorde dos seus feitos, mesmo
que sejam coisas insignificantes. Foque a sua atenção naquilo que é positivo, e
se mesmo assim não for suficientemente positivo, trabalhe naquilo que pode
melhorar. Deixe de se vitimizar. Faça o que pode fazer.
4. VOCÊ ESPERA DEMASIADO NAS SUAS AÇÕES
A melhor maneira de promover o sucesso nas suas
ações e comportamentos é executando passo a passo, pouco a pouco. Concentre-se
nas tarefas que você deseja concluir. Você pode olhar para o grande objetivo,
mas deve focar as suas energias nas pequenas coisas, para que as pequenas
coisas se transformem em grandes coisas.
5. VOCÊ NÃO ESTABELECE OBJETIVOS CLAROS
Se você não tem
metas, você não irá promover a sua motivação porque
não sabe para onde está indo. Você precisa descobrir aonde você quer ir e, em
seguida, empenhar todos os seus esforços, energia e dedicação nos seus
objetivos. Se você não sabe por onde caminhar, pode ir ter a um lugar que não
deseja. Não ter metas é como tentar encontrar um novo restaurante sem um
endereço. Você pode ter sorte de vez em quando, mas certamente vai ficar
deambulando a maior parte do tempo.
6. VOCÊ NÃO ENCORAJA A SI MESMO
Se você não se incentiva a si mesmo, está a dar um
tiro nos seus próprios pés. Construa o seu alfabeto motivacional. Formule um
conjunto de palavras, imagens mentais, gestos, músicas, ou qualquer coisa que
possa funcionar como um gatilho que faça disparar em você mesmo uma vontade
enorme para a realização dos seus objetivos. Ao encontrar uma maneira de
encorajar a si mesmo você vai sentir-se mais recompensado e motivado.
Lembre-se, trate-se da mesma maneira que você espera que os outros o tratem.
7. VOCÊ NÃO CUIDA DE SI MESMO
Uma das formas
primárias mas primordiais é o descanso. Se você não descansa devidamente, se
não recupera do seu esforço do dia a dia, certamente irá ver a sua motivação
afetada. A motivação faz uso da
nossa energia disponível, e é negativamente afetada quando andamos exaustos.
Certifique-se que agenda devidamente e intencionalmente a sua recuperação e
energização. Dedique algum do seu tempo ao lazer e a atividades relaxantes que
você gosta de realizar.
8. VOCÊ DEIXOU DE SER CRIATIVO
Você precisa alimentar a sua motivação com novas
ideias. Se você entra num estado rotineiro de pensar e fazer sempre as mesmas
coisas, o ânimo, curiosidade e criatividade tendem a cristalizar-se. Mantenha a
sua mente ativa. Mantenha-se informado dos assuntos que gosta, desenvolva-os,
leia, troque opiniões, fale com outras pessoas. O poder criativo que todo nós
comportamos é a porta de entrada para novas ideias. Se você desenvolver uma
mentalidade de melhoria e de desenvolvimento pessoal, a sua mente manter-se-á
ativa, aumentando a probabilidade de surgirem novas ideias e você sentir-se
mais motivado.
9. VOCÊ PERDE O FOCO DAS SUAS PRIORIDADES
Se você persegue um determinado objetivo e existem
distrações, vícios ou comportamentos parasitas que interferem com o seu foco
prioritário, é importante trabalhar na sua autodisciplina. Esforce-se para
realizar uma lista das principais distrações que você tem que o impedem de
realizar o que mais importa. Ganhe consciência daquilo que o afasta dos seus
objetivos. Depois devolva o poder a você mesmo. Organize o seu tempo. Não tem
de deixar de fazer algumas das coisas que servem de escape da sua vida. O que
tem de fazer é organizar-se e decidir os momentos que pretende dispensar a cada
uma dessas atividades.
APRENDA A QUESTIONAR AS SUAS EMOÇÕES
As emoções são o pulsar da vida, é o fim último de
qualquer comportamento. Vamos ao cinema para sentir emoções, vamos ao parque de
diversões para sentir emoções, ouvimos música para sentir emoções. Por vezes,
reagimos desadequadamente e perdemos a cabeça devido ao disparo exacerbado e
descontrolado das nossas emoções. Para o bom e para o mau, as emoções estão
sempre na base e no topo dos nossos comportamentos. O que leva muitas das vezes
a tomarmos ações precipitadas ou a arrependermo-nos de alguns dos nossos
comportamentos é o fato de ser muito difícil decifrar as emoções e não termos
consciência momento a momento o quanto nos condicionam. Você está a sentir
raiva ou inveja? Você está ansioso ou animado? Aprender a decifrar as nossas
emoções e a tomar consciência do quanto influenciam a mudança dos nossos
estados internos é primordial para o nosso equilíbrio emocional. A forma de aprender este
processo é questionando as emoções e sentimentos.
QUESTIONE
AS SUAS EMOÇÕES E SENTIMENTOS
Um dos primeiros pilares da inteligência emocional
é a autoconsciência. Este é o processo de compreender através da auto-observação
e auto investigação. Este processo é realizado através da observação das nossas
emoções a partir de um ponto de vista objetivo, e em seguida, tentar perceber o
que as está causando e o quanto estão influenciando as nossas ações. As emoções
orientam o comportamento humano. As emoções são informação, são uma forma de
conhecimento que possuímos muitas vezes breves, intuitivas, impulsivas e em
reação ao nosso meio ambiente e, assim, elas podem ser propensas a erros.
Devido a isso, os seus sentimentos podem ser enganosos se reagir sempre a eles,
sem os questionar. Em determinados momentos, é boa ideia dar um passo atrás e questionar
os seus sentimentos antes de escolher a melhor forma de responder-lhes.
Aprofundei este assunto no artigo, Deixe de reagir:
Escolha a sua resposta em consciência afirmando quem você quer ser.
No nosso
dia a dia somos invadidos por imensos gatilhos que nos alteram o nosso estado de
humor e consequentemente fazem disparar emoções em reação a esse estado. Se o
estado que experienciamos é negativo e exacerbado, o mais provável é que
influencie a nossa forma de pensar. Se essa forma de pensar momentânea é muito
diferente do habitual, certamente iremos comportar-nos de uma forma que
posteriormente pode comprovar-se como prejudicial e inadequada. Este é um
exemplo da ampla influência das emoções e porque devemos questionar os nossos
sentimentos. Você pode estar num estado de mau humor, por algum motivo
aleatório, como ficar preso no trânsito ou por ter derramado café na sua
camisa, e em seguida, o seu humor vai influenciar negativamente a sua impressão
acerca de alguém. Racionalmente, você sabe que as duas coisas não têm nada a ver
uma com a outra, mas inconscientemente a sua mente faz a ligação entre os seus
sentimentos atuais e da outra pessoa. Quando você desenvolver uma melhor
compreensão acerca dos seus sentimentos e de onde eles vêm, passará a não
cometer equívocos como os do exemplo anterior.
Apresento algumas linhas orientadoras para você
praticar o questionamento das suas emoções:
§ O que estou sentindo? Não basta dizer que você se sente
“bem” ou “mal” deverá ser específico. É tristeza ou raiva ou decepção?
Tente o seu melhor para encontrar uma ou duas palavras que melhor descrevam o
seu sentimento.
§ Quando foi a primeira vez que eu
reparei nesse sentimento? Há quanto tempo o sentimento vem acontecendo? Apareceu há pouco
tempo, ou foi aparecendo ao longo do tempo?
§ Qual é a principal causa desse
sentimento? Tente
pensar que acontecimento da sua vida o levou a sentir-se dessa forma. Existe
alguma coisa que aconteceu que se destaque de todas as outras habituais?
§ Quais são as possíveis causas
secundárias desse sentimento? Quais são alguns outros fatores que podem
estar contribuindo para essa emoção? Existem várias “pequenas coisas” que se
podem ir acumulando ao longo do dia ou dos dias?
§ Estou cansado ou estressado? Muitas vezes o stress e a
fadiga geral podem amplificar as nossas emoções. Por exemplo, os problemas de
insónia ou excesso de trabalho pode conduzir a pessoa a aumentar a
irritabilidade, a tensão e a confusão.
§ Como devo responder a esse sentimento? Qual é o melhor curso de
ação a ser tomado em resposta a essa emoção? Você deve falar com alguém, ouvir
música, fazer uma caminhada, fazer algo produtivo, tirar um tempo para
refletir?
§ Devo apenas esperar que essa sensação
passe? Só
porque você sente algo não significa que precisa agir de imediato sobre esse
sentimento. Às vezes é melhor apenas “deixar ir” uma emoção até que ela
desapareça. Os nossos sentimentos são temporários, eles não duram para sempre.
As pessoas que conseguem “trabalhar” na conexão
entre o pensamento e os sentimentos, quando percebem a inter-relação entre o
pensar e o sentir, desenvolvem uma elevada consciência emocional. Isto porque a nossa capacidade
de pensar sobre os nossos sentimentos ajuda a criar um amortecedor entre as
nossas emoções e consequentes respostas, de modo a que possamos deixar de agir impulsivamente o tempo todo. O simples ato
de pensar e questionar os nossos sentimentos ajuda a separar-nos do “calor do
momento.” Quanto mais você questionar os seus sentimentos, mais pode
controlá-los, em vez de deixar que tomem o controle.
Enquanto eu :
·
Enquanto
eu tiver capacidade de me olhar de fora, de me distanciar de mim mesmo, eu
continuarei a crescer, progredir e evoluir,
Enquanto eu tiver a capacidade de me arrepender,
De perceber que eu erro, que falho,
Enquanto eu me questionar acerca das minhas decisões,
Haverá chances de aumentar a minha sensibilidade,
Haverá chances de escrever uma nova história,
Haverá chances de pedir perdão,
Questionar-me faz emergir em mim a minha humanidade,
Questionar-me, enaltece-me, faz-me acrescentar valor, faz perceber-me melhor, para que possa também perceber os outros,
Questionar-me faz-me ficar mais próximo dos que amo, daqueles com quem me cruzo, dos meus amigos, do chefe no trabalho, do condutor enfurecido, do desespero do desempregado, da aflição da mãe que aconchega o filho,
Questiono-me uma e outra vez, não por ter dúvidas, mas para ponderar caminhos,
Caminhos que questiono se devo desbravar, se devo embrenhar-me neles,
Caminhos que passo a saber que percorri,
Caminhos que reconheço que outros estão a percorrer,
Por vezes caminhos sombrios, catastróficos,
Caminhos de revolta, de sofrimento, de frustração, de dor, de exaustão.
Enquanto eu tiver a capacidade de me arrepender,
De perceber que eu erro, que falho,
Enquanto eu me questionar acerca das minhas decisões,
Haverá chances de aumentar a minha sensibilidade,
Haverá chances de escrever uma nova história,
Haverá chances de pedir perdão,
Questionar-me faz emergir em mim a minha humanidade,
Questionar-me, enaltece-me, faz-me acrescentar valor, faz perceber-me melhor, para que possa também perceber os outros,
Questionar-me faz-me ficar mais próximo dos que amo, daqueles com quem me cruzo, dos meus amigos, do chefe no trabalho, do condutor enfurecido, do desespero do desempregado, da aflição da mãe que aconchega o filho,
Questiono-me uma e outra vez, não por ter dúvidas, mas para ponderar caminhos,
Caminhos que questiono se devo desbravar, se devo embrenhar-me neles,
Caminhos que passo a saber que percorri,
Caminhos que reconheço que outros estão a percorrer,
Por vezes caminhos sombrios, catastróficos,
Caminhos de revolta, de sofrimento, de frustração, de dor, de exaustão.
Que caminhos são esses que questionei ter escolhido? Que caminhos são esses que percorro?
·
São os
caminhos, que por vezes, percebo que me levam a criticar os outros que os estão
a percorrer,
Questiono-me e percebo que os meus caminhos são iguais a tantos caminhos que os outros escolhem, talvez sem se questionarem,
Questiono-me e aprendo, aprendo que errar é humano, mas que quando expresso a minha humanidade de me questionar o erro transforma-se em valor,
Um valor de me olhar como um ser errante, igual a tantos outros seres errantes,
Questionar-me aumenta a autocompaixão, aumenta a minha empatia pelos outros,
Fiquei consciente que os meus questionamentos suportam as minhas decisões e,
Quando essas decisões me conduzem a lugares que me prejudicam ou prejudicam os outros,
O ato de me ir questionando, torna-me suficientemente consciente para me enriquecer com a experiência,
E na minha imperfeição, continuo a questionar-me, não para ser perfeito, mas para fazer as coisas na perfeição.
Questiono-me e percebo que os meus caminhos são iguais a tantos caminhos que os outros escolhem, talvez sem se questionarem,
Questiono-me e aprendo, aprendo que errar é humano, mas que quando expresso a minha humanidade de me questionar o erro transforma-se em valor,
Um valor de me olhar como um ser errante, igual a tantos outros seres errantes,
Questionar-me aumenta a autocompaixão, aumenta a minha empatia pelos outros,
Fiquei consciente que os meus questionamentos suportam as minhas decisões e,
Quando essas decisões me conduzem a lugares que me prejudicam ou prejudicam os outros,
O ato de me ir questionando, torna-me suficientemente consciente para me enriquecer com a experiência,
E na minha imperfeição, continuo a questionar-me, não para ser perfeito, mas para fazer as coisas na perfeição.
CONSCIÊNCIA: O PODER
SUPREMO
A sensação de poder, de controle, de capacidade, de
equilíbrio emocional, de autoconfiança e autodisciplina são tudo experiências
que pretendemos alcançar. Na base de todas estas experiências enriquecedoras
que nos engrandecem, está a consciência. De forma simples, a consciência pode
definir-se como o processamento da informação acerca das coisas que vivenciamos
durante uma determinada experiência. Todas as vezes que percebemos que
poderíamos ter pensado ou agido de outra forma, vale a pena lembrar que não
somos o que fazemos o que dizemos o que pensamos, ou mesmo o que sentimos.
Enquanto todas estas coisas podem definir a nossa experiência de vida, elas não
definem quem somos. Para conseguirmos utilizar o poder supremo na sua
plenitude, importa treinar a mente. Importa ficar ciente e testemunhar por nós
mesmos, que somos muito mais que as nossas experiências. Conseguir testemunhar
isso é encontrar paz de espírito.
AGIR
DELIBERADAMENTE
De acordo
com o que você leu anteriormente, pode ter experimentado uma das muitas reações
diferentes. A primeira é de alívio, “Ahh graças a Deus por isso, eu sabia que
deveria haver mais qualquer coisa. ” A segunda é de medo, “Ohh bem, se eu não
sou nenhuma dessas coisas, então o que, ou quem, diabos sou eu?” O terceiro é
uma das maravilhas, “Uau, isso pode realmente ser verdade? ” e a quarta é de
ceticismo,” Esse cara não tem ideia do que está falando.” Para o assunto em
questão, não me vou perder em argumentos filosóficos acerca daquilo que seremos
enquanto pessoas. Não é disso que se trata. O que importa realçar nesta
constatação de que nós somos muito mais do que aquilo que pensamos, sentimos ou
agimos, é que possuímos uma consciência que nos permite encontrar algum espaço
na mente, para que possamos agir deliberadamente sobre o que pensamos, sentimos
e fazemos.
Trata-se
de reconhecer que só porque um pensamento aparece na mente, não somos esse
pensamento, e só porque podemos sentirmo-nos de certa maneira num determinado
momento, não temos necessariamente de ser esse sentimento. É a diferença entre
estar no meio de uma tempestade ou estar a assistir a uma tempestade num lugar
seguro. É a diferença entre estar a ser fustigado pela tempestade, varrido pelo
vento e à mercê da chuva, ou estar sentado no interior da sua casa,
aconchegante e acolhedora, perto do fogo, vendo a tempestade passar. O quanto
este exemplo anterior pode servir-lhe na prática? Bem, pense quantas vezes você
já experimentou um determinado pensamento, mas não o levou a sério. Talvez
tenha sido quando você estava dirigindo, ficou enfurecido ao ponto de pensar em
agredir fisicamente o outro condutor. Mas você percebeu o quão louco o
pensamento era, o quanto você valoriza a vida humana, para não falar da sua
própria vida, e decide deixá-lo ir. Talvez, enquanto pai, não tendo dormido por
dias, tendo surgido o pensamento de colocar o bebé dentro de uma tenda à prova
de som, escondido em algum lugar agradável e seguro, de preferência longe dos seus
ouvido. Mas você percebe o quão ridículo é o pensamento e, mais uma vez, você
deixa-o ir. Ou, talvez você já teve o pensamento de empurrar pela janela
fora o seu chefe depois dele o ter humilhado na frente de todos os seus
colegas. Mas você terá pensado sobre isso um pouco mais e percebeu que o
pensamento não valia a pena ser levado a sério.
RECONHECER
A ILUSÃO DO APEGO AO PENSAMENTO
Assim que você consiga treinar a sua mente para
distinguir a ilusão. Assim que consiga aplicar o filtro da ilusão, fica com a
capacidade de reconhecer que um pensamento é apenas um pensamento, que sem
sempre tem de ser levado a sério, que não tem de fundir-se ou colar-se a ele.
Aprofundei este assunto no artigo, Consciência
emocional: Validar emoções e pensamentos para seu benefício. Só porque alguma coisa vem à
mente, não a torna real, algo que temos de agir sobre ou acreditar. Não é
aquilo que nós somos. Só porque alguma coisa vem à mente não significa que isso
é o reflexo do tipo de pessoa que somos, ou que nos faz boa ou má pessoa.
Existem muitos estímulos externos que nos fazem
disparar pensamentos de todo o tipo. Imagine a pressão que seria julgar cada
pensamento que surge na mente, de sentir um certo senso de responsabilidade ou
identidade sobre cada pensamento e sentimento que surge em nós. Claro, temos a
responsabilidade de fazer passar alguns desses pensamentos pelo filtro da consciência, para que possamos saber se escolhemos envolver-nos
com eles e levá-los ao nível da fala ou ação, mas um pensamento é apenas um
pensamento. Em última análise é você quem decide a importância que os seus
pensamentos têm ou o que fazer com eles. Falei neste assunto no artigo, Deixe de reagir:
Escolha a sua resposta em consciência afirmando quem você quer ser.
A
GRANDEZA DA CONSCIÊNCIA
Quando
levamos muito a sério alguns dos pensamentos que nos surgem na mente, a vida
pode tornar-se pesada. Quando nos identificamos com as nossas emoções de forma
taxativa, começamos a perder-se nelas. Quando assumimos que as nossas palavras
nos definem, começamos a pensar demais. E quando somos incapazes de encontrar
qualquer senso de perdão nas coisas que fazemos de errado na vida, então
começamos a sentir uma enorme angústia. A mente é maior do que isso. A vida é
maior do que isso. Há algo além do pensamento, além do sentimento, além da fala
e além da ação. É um lugar de consciência. Podemos chamá-lo por qualquer nome
que quisermos. Poderíamos associá-lo a uma forma particular de pensar, uma
filosofia, uma fé, ou não ter nenhum nome para isso. Realmente não importa. De
qualquer forma, isso não muda a qualidade da consciência, este lugar de
perspectiva, a partir do qual podemos ver um pensamento pelo que é e, se não
nos servir, deixá-lo ir com facilidade.
Nós somos
aquele que é, e quando não estamos a sê-lo, por ação da consciência conseguimos
perceber que o resultado daquilo que estamos momentaneamente a pensar, sentir e
agir não nos define. Nesse exato momento, em consciência, pudemos passar a
pensar, sentir e agir de acordo com a ideia que temos acerca daquilo que somos.
Este é o poder supremo em ação. Este é o poder da consciência a expressar-se. Saber ser
aquilo que sou quando não estou a conseguir ser,
É preciso
respirar fundo, agarrar-me a esse ínfimo instante que existe entre o estímulo e
a resposta, ser capaz de aceder à minha consciência, às coisas que valorizo, à
sabedoria do velho da esquina, da criança que me agarra a mão, da senhora
da mercearia que me recebe com um sorriso, dos sonhos de criança, É preciso
ficar ciente que tenho a capacidade de decidir, de decidir ser assertivo, de me
orientar pelos meus valores, pela minha simpatia, pela minha capacidade de afirmação, de dizer não, de
seguir o que me faz bem, de me manter firme na hora da facilidade e tentação, de
me afastar da negatividade, da minha e da dos outros, De me incentivar quando estou em baixo,
de travar a minha língua quando ela quer falar baboseiras, de ser empático na
dor dos outros, e de ser tenaz na minha própria dor, É preciso manter a calma
no turbilhão das emoções tumultuosas, É preciso ser decidido quando o tempo
urge, ser descontraído quando a tensão aumenta, Saber ser aquilo que sou quando
tenho a noção que não estou a ser é uma tarefa para a vida, Que a vida se
estenda e a tarefa permaneça.
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