Terapia do luto
ajuda a superar a morte
A terapia
do luto é uma boa alternativa para superar a morte de uma pessoa querida.
Descubra melhor como ela funciona e veja como seguir em frente
Cada um
tem a sua maneira de encontrar um alívio para a dor
A sociedade moderna, mais que qualquer outra era histórica, vem negando
sistematicamente a presença da morte; algo que deveria ser considerado um
processo natural acaba se convertendo em uma experiência dolorosa e quase
insuportável. Como ninguém se prepara para vivenciá-la, pois se tornou um tabu
até mesmo pensar em sua existência, perder um ser querido converte a vida de alguém
em um terrível redemoinho de dor e sofrimento.
Como a morte é rejeitada e, pior que isso, praticamente ignorada, a
maior parte das pessoas não sabe mais como enfrentá-la; muitas vezes isto
implica em uma relação funesta com o luto, pois nos tempos pós-modernos ele é
algo com quem ninguém mais sabe lidar; afinal, como viver esta experiência se
ela agora carece de significado?
É fundamental que o ser humano se conscientize de que sua existência é
composta de ciclos, de recomeço e de transformações; tudo sempre passa, por
mais impossível e insuportavelmente doloroso que pareça, no primeiro momento. E
o corpo físico é perecível, enquanto a alma, do ponto de vista da maior parte
das religiões, permanece viva.
Urge resgatar antigos mitos e mitologias, com os quais a Humanidade
aprendeu a compreender a realidade a sua volta; bem como reviver velhos rituais
e tradições ancestrais, pois através deles o Homem entendeu
e aceitou melhor a morte na Antiguidade. Infelizmente, com o domínio da Igreja
Católica, principalmente a partir da Idade Média, tudo se transformou, e o medo
assumiu o primeiro plano.
A terapia do luto ainda não é muito conhecida no Brasil, embora seja normal na Inglaterra e nos Estados Unidos.
Nestes países um esforço interdisciplinar, que une terapeutas, psicólogos e
psiquiatras, contribui para a recuperação de pessoas que estão vivendo a
experiência da perda, da morte de entes queridos.
Estes pacientes são orientados e conduzidos neste difícil processo de
trazer para o plano da consciência a dor e o sofrimento, pois reprimi-los nos
subterrâneos do inconsciente só contribui para que a pessoa passe a viver um luto
crônico, incessante. É necessário que ela extraia de dentro de si todos os
sentimentos e emoções ligadas a esta carência.
A meta desta terapia é eliminar, gradualmente, a dor que se cristaliza
no interior daqueles que vivenciam a morte de alguém importante, bem como a
rejeição do evento, os sutis processos de escape e o temor do porvir. O
profissional ajuda o indivíduo a compreender que a morte é um processo natural,
que atinge a todos em algum momento da vida, o que o leva a ver esta ocorrência
como algo comum, não enquanto um fato excepcional e místico.
O que é, afinal, vivenciar o luto? É permitir que a dor venha, passe, e
aos poucos se desvaneça, assim como as saudades, a melancolia, qualquer traço
de culpa ou de remorso que invada o íntimo do ser enlutado; também é essencial
falar sobre o morto, e não fingir que nada aconteceu. Só assim será possível
alcançar a catarse que ameniza a dor e deixa o coração livre do que o oprime.
O ramo terapêutico que estuda este campo, e do qual deriva a terapia
do luto, é a Psicologia da Morte, esfera que investiga os fatores sócios
psicológicos que estão relacionados ao Luto e a qualquer esforço de encarar as
perdas mais profundas. Esta terapêutica se direciona não só àqueles que
enfrentam a dor da morte, mas também aos que passam por enfermidades que
aproximam o paciente desta realidade. O mecanismo de orientação não demanda
mais que dez sessões, e às vezes pode até se resumir a um único encontro; tudo
depende das condições em que o paciente se encontra.
A morte
de alguém querido é como uma ferida. No início sangra, arde, dói de maneira
quase insuportável. Com o tempo, vai fechando. O processo para curar essa
ferida é longo e doloroso. A terapia do
luto ajuda quem sofre essa perda a buscar dentro de si o que ainda dá sentido à
sua vida, para reconstruí-la. "Procura-se enfatizar que o sofrimento é
único e que ninguém o sentirá da mesma maneira. Cada um manifesta sua dor de um
jeito, parar a vida por causa de tanto sofrimento pode destruir até a saúde de
uma pessoa. Para sair dessa é preciso lutar, a qualquer tempo pode-se procurar
ajuda especializada. Acredito que a terapia do luto se iniciada logo após a
morte, tem muitos benefícios, não pela 'terapia' em si, mas pelo aconselhamento.
O tratamento consiste em que a pessoa
reaprende, descobrindo e reconhecendo a maneira particular de viver seu luto e encontrar suas próprias
ferramentas para aliviar a sua dor.
Fases do luto
1.
Entorpecimento
É preciso aceitar a realidade da morte.
2. Busca e saudade
Viver a dor tentando entender o que está passando.
3. Desorganização e desespero
A terapia do luto iniciada no início do processo ajuda a dar ferramentas de suporte para esses momentos mais difíceis, como a elaboração de uma forte rede de apoio, ajuda espiritual e a busca do sentido da vida.
4. Reorganização e aceitação
É a hora de se adaptar ao meio em que vive no qual o falecido não está mais. Fazer a redistribuição dos papéis por ele desempenhados e tirar a sua energia emocional dessa relação com a morte dele.
É preciso aceitar a realidade da morte.
2. Busca e saudade
Viver a dor tentando entender o que está passando.
3. Desorganização e desespero
A terapia do luto iniciada no início do processo ajuda a dar ferramentas de suporte para esses momentos mais difíceis, como a elaboração de uma forte rede de apoio, ajuda espiritual e a busca do sentido da vida.
4. Reorganização e aceitação
É a hora de se adaptar ao meio em que vive no qual o falecido não está mais. Fazer a redistribuição dos papéis por ele desempenhados e tirar a sua energia emocional dessa relação com a morte dele.
As perguntas mais frequentes
O que
fazer com o quarto e pertences de um filho (desmanchar tudo fará a dor diminuir
mais depressa)?
Não. Desmanchar tudo não fará a dor diminuir depressa. Quem deve decidir quando e como desmanchar o quarto daquele filho é os pais. Não há regra. O aconselhamento é que esses pais conversem muito. Se há dúvida, é importante esperar até o momento certo. O quarto pode ficar montado por um tempo, de 3 a 6 meses.
Quanto tempo leva para que as coisas voltem ao "normal"?
As coisas nunca voltarão ao normal, se você acha que isso significa ser tudo igual ao que era antes. A pessoa não voltará mais e é preciso se acostumar com essa ausência nos ambientes que vocês costumavam dividir. Se o normal, para você, é a rotina, isso depende muito de cada um que está de luto. Mas, geralmente, em seis meses já se começa a encontrar mais "normalidade".
O que fazer nas datas comemorativas?
As datas comemorativas são importantes, mas é difícil encontrar motivação para comemorar, pois a datas comemorativas despertam lembranças, saudades tristezas....Os sentimentos se intensificam porque a ausência de quem se ama ficam evidenciadas. Mas os rituais devem fazer sentido para quem ficou. Mas sobreviver a esses datas é possível, é preciso reaprender a conviver com estes dias e vivencia-los , se os rituais fizer bem e sentido pra você , faça homenagem vá a lugares que tenha significado pra você, se for religioso vá a igreja. .
Não. Desmanchar tudo não fará a dor diminuir depressa. Quem deve decidir quando e como desmanchar o quarto daquele filho é os pais. Não há regra. O aconselhamento é que esses pais conversem muito. Se há dúvida, é importante esperar até o momento certo. O quarto pode ficar montado por um tempo, de 3 a 6 meses.
Quanto tempo leva para que as coisas voltem ao "normal"?
As coisas nunca voltarão ao normal, se você acha que isso significa ser tudo igual ao que era antes. A pessoa não voltará mais e é preciso se acostumar com essa ausência nos ambientes que vocês costumavam dividir. Se o normal, para você, é a rotina, isso depende muito de cada um que está de luto. Mas, geralmente, em seis meses já se começa a encontrar mais "normalidade".
O que fazer nas datas comemorativas?
As datas comemorativas são importantes, mas é difícil encontrar motivação para comemorar, pois a datas comemorativas despertam lembranças, saudades tristezas....Os sentimentos se intensificam porque a ausência de quem se ama ficam evidenciadas. Mas os rituais devem fazer sentido para quem ficou. Mas sobreviver a esses datas é possível, é preciso reaprender a conviver com estes dias e vivencia-los , se os rituais fizer bem e sentido pra você , faça homenagem vá a lugares que tenha significado pra você, se for religioso vá a igreja. .
Como apoiar quem está
sofrendo
Seja compassivo. Você
não precisa saber o que dizer ou o que fazer, apenas seja compreensivo e
compassivo. Ouça quando a pessoa quiser falar e apenas esteja com a pessoa
quando ele ou ela quiser companhia. Pessoas que estão de luto só querem se
sentir compreendidas e apoiadas.
· Frases que podem atrapalhar: "Seja forte." "Não chore, seu filho não ia querer te ver triste." "O tempo cura tudo." "Confio na sua força."
Primeira fase: negação
Nessa fase a pessoa nega a existência do problema
ou situação. Pode não acreditar na informação que está recebendo, tentar
esquecê-la, não pensar nela ou ainda buscar provas ou argumentos de que ela não
é a realidade.
Pensamentos
|
Comportamentos
|
• “Isso
não é verdade!”
• “Vai passar.” • “Sempre dou um jeito em tudo, vou resolver isso também.” |
•
Buscar uma segunda opinião ou outras explicações para a questão.
• Continuar se comportando como antes (ignorando a situação). • Não aderir ao tratamento (no caso de doença) ou não falar sobre o assunto (no caso de morte, desemprego ou traição). |
Segunda fase: raiva
Nessa fase a pessoa expressa raiva por aquilo que ocorre. É comum o aparecimento de emoções como revolta, inveja e ressentimento. Geralmente essas emoções são projetadas no ambiente externo; percebendo o mundo, os outros, Deus, etc. como causadores de seu sofrimento. A pessoa sente-se inconformada e vê situação como uma injustiça.
Pensamentos
|
Comportamentos
|
• “Por
que eu?”
• “Isso não é justo!” • “Por que fizeram isso comigo? |
• Perde
a calma quando fala sobre o assunto.
• Recusa-se a ouvir conselhos. • Evita falar sobre o assunto. |
Terceira Fase: negociação
Nessa fase busca-se fazer algum tipo de acordo de
maneira que as coisas possam voltar a ser como antes. Essa negociação
geralmente acontece dentro do próprio indivíduo ou às vezes voltada para a
religiosidade. Promessas, pactos e outros similares são muito comuns e muitas
vezes ocorrem em segredo.
Pensamentos
|
Comportamentos
|
• “Vou
acordar cedo todos os dias, tratar bem as pessoas, parar de beber, procurar
um emprego e tudo ficará bem.”
• “Vou pensar mais positivamente e tudo se resolverá.” • “Deus, deixe-me ficar bem de saúde, só até meu filho crescer.” (pessoa ao saber que está doente) |
• Rezar
e fazer um acordo com Deus.
• Buscar agradar (no caso de uma traição). • Se alimentar com produtos lights e diets para compensar os outros alimentos. |
Quarta fase: depressão
Nessa fase ocorre um sofrimento profundo. Tristeza, desolamento, culpa, desesperança e medo são emoções bastante comuns. É um momento e que acontece uma grande introspecção e necessidade de isolamento.
Pensamentos
|
Comportamentos
|
• “Não
tenho capacidade para lidar com isso.”
• “Nunca mais as coisas ficarão bem.” • “Eu me odeio.” |
•
Chorar.
• Afastar-se das pessoas. • Comportar-se de maneira autodestrutiva. |
Quinta fase: aceitação
Nessa fase percebe-se e vivencia-se uma aceitação
do rumo das coisas. As emoções não estão mais tão à flor da pele e a pessoa se
prontifica a enfrentar a situação com consciência das suas possibilidades e
limitações.
Pensamentos
|
Comportamentos
|
• “Não
é o fim do mundo.”
• “Posso superar isto.” • “Posso aprender com isto e melhorar.” |
•
Buscar ajuda para resolver a situação.
• Conversar com outros sobre o assunto. • Planejar estratégias para lidar com a questão. |
As pessoas não passam por essas fases de maneira linear, ou seja, elas podem superar uma fase, mas depois retornar a ela (ir e vir), estacionar em uma delas, sem ter avanços por longo período ou ainda suplantar todas as fases rapidamente até a aceitação. Não há regra. Tudo depende do histórico de experiências da pessoa e crenças que ela tem sobre si mesma e sobre a situação em questão.
Tem pessoas que podem passar meses ou anos num vai
e vem e não chegar à aceitação nunca. Tem pessoas que em poucas horas ou dias
fazem todo o processo, isso varia também em função da perda sofrida pela
pessoa.
http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas
http://dekabarros.wordpress.com//terapia-do-luto
http://www.wix.com/mcostajunior/terapiadoluto
http://dekabarros.wordpress.com//terapia-do-luto
http://www.wix.com/mcostajunior/terapiadoluto
mdemulher.abril.com.br
www2.uol.com.br/vyaestelar/tcc_perda_luto.htm
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