quinta-feira, 30 de janeiro de 2014


Menopausa emocional


Muito se fala das consequências físicas da menopausa, porém ela também mexe com a parte emocional.

Quais mudanças que ocorrem na parte psicológica e por quê?
O ser humano é concebido biopsicossocialmente, de forma que não dá para desvincular o corpo da mente. Ocorre que, por conta das mudanças físicas, advindas do climatério, a parte psicológica da mulher acaba sendo afetada.
O envelhecimento é um processo natural no ciclo vital, porém cada mulher o enfrenta de maneira diferente. Isso vai depender das características intrapsíquicas, como também do contexto sócio cultural em que ela está inserida, dentre outros.
Mulheres em condições psíquicas adequadas (ambiente familiar favorável, boa dosagem de autoestima), quando atingem esse estágio da vida, estão mais aptas a enfrentar de maneira satisfatória as consequências do climatério, mantendo o equilíbrio, a sensatez, entendendo esse momento como uma etapa natural e inerente à sua condição feminina. Entretanto, outras mulheres, mais fragilizadas por aspectos da personalidade, com tendência ansiosa, que se encontre em situações de estresse físico ou emocional, ou que são extremamente vaidosas e preocupadas com a sua aparência, podem encontrar dificuldades para lidar com os efeitos dessa fase. E dependendo do grau de dificuldade que elas encontrarem, pode acarretar-lhes um intenso sofrimento, que as torna vulneráveis a certas patologias.
Cabe lembrar também a respeito do padrão de beleza que é imposta às mulheres, pela sociedade e pela mídia, valorizando tanto a juventude. Quando a mulher se apega a isso, ao chegam à menopausa, constatando as mudanças de seu corpo, que já não corresponde a esse padrão, sofre consequências psicológicas quanto ao enfrentamento da velhice, fazendo com que a questão da finitude se apresente mais intensamente. Por isso, é possível compreender o porquê muitas mulheres com idades mais avançadas utilizam roupas e têm atitudes de adolescentes. Seria uma tentativa de driblar o tempo que, de mansinho, vai passando e deixando suas marcas? É possível.
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Esta fase pode trazer muita angustia para a mulher, causadas até mesmo pela perda da libido e o fim da fertilidade. Como reverter estes problemas emocionais?
A menopausa é o último período menstrual do ciclo reprodutivo da mulher, caracterizado por não mais procriar.
O acontecimento dessa fase caracteriza-se por uma sintomatologia que, embora passageira, chega desestabilizando o organismo feminino. Ocorre a queda hormonal, taquicardia, ansiedade, fadiga, ondas de calor, sinal de rubor, irritabilidade, perda de autoestima, distúrbio no ritmo sono-vigília, diminuição da libido, secura vaginal, ganho de peso localizado, depressão etc.
Esse fenômeno biopsicossocial, gerado nesse ciclo da vida, pode explicar os problemas emocionais vividos pela mulher. Tem também a questão da finitude que vai se aproximando, trazendo angustia.
Ocorre também à síndrome do ninho vazio, com a saída dos filhos de casa, para estudarem, ou para se casarem; às vezes, o relacionamento do casal apresenta um desgaste..., tudo isso somado intensifica os conflitos.
Estudos mostram que mulheres ocidentais que se encontram na fase da menopausa se queixam da diferença que há entre as sociedades ocidental e oriental. Pois esta expressa o valor que têm homens e mulheres idosos, na contribuição para a formação dos mais jovens. Onde é considerada e valorizada a sabedoria do idoso.
Isso é muito importante, uma vez que ajuda a manter o senso de pertencer e de contribuir para os que estão começando a trajetória da vida.
Por outro lado, o referido estudo mostra que a sociedade brasileira apresenta valores característicos da pós-modernidade, descartando objetos, pessoas e relações com certo menosprezo pelo valor da vida. Com isso, a velhice tem sido vista de forma pejorativa.
A psicoterapia ajuda e muito a mulher na passagem desse momento mais conflitante e de extrema vulnerabilidade. Portanto, é importante que a mulher, nessa fase, procure um profissional tanto na área médica como na psicológica, os quais poderão dar o suporte necessário à superação das respectivas dificuldades. Muito se fala das consequências físicas da menopausa, porém ela também mexe com a parte emocional.
- Quais mudanças ocorrem na parte psicológica e por que?
R: O ser humano é concebido biopsicossocialmente, de forma que não dá para desvincular o corpo da mente. Ocorre que, por conta das mudanças físicas, advindas do climatério, a parte psicológica da mulher acaba sendo afetada. O envelhecimento é um processo natural no ciclo vital, porém cada mulher o enfrenta de maneira diferente. Isso vai depender das características intrapsíquicas, como também do contexto sócio cultural em que ela está inserida, dentre outros. Mulheres em condições psíquicas adequadas (ambiente familiar favorável, boa dosagem de autoestima), quando atingem esse estágio da vida, estão mais aptas a enfrentar de maneira satisfatória as consequências do climatério, mantendo o equilíbrio, a sensatez, entendendo esse momento como uma etapa natural e inerente à sua condição feminina. Entretanto, outras mulheres, mais fragilizadas por aspectos da personalidade, com tendência ansiosa, que se encontre em situações de estresse físico ou emocional, ou que são extremamente vaidosas e preocupadas com a sua aparência, podem encontrar dificuldades para lidar com os efeitos dessa fase. E dependendo do grau de dificuldade que elas encontrarem, pode acarretar-lhes um intenso sofrimento, que as torna vulneráveis a certas patologias. Cabe lembrar também a respeito do padrão de beleza que é imposta às mulheres, pela sociedade e pela mídia, valorizando tanto a juventude. Quando a mulher se apega a isso, ao chegam à menopausa, constatando as mudanças de seu corpo, que já não corresponde a esse padrão, sofre consequências psicológicas quanto ao enfrentamento da velhice, fazendo com que a questão da finitude se apresente mais intensamente. Por isso, é possível compreender o porquê muitas mulheres com idades mais avançadas utilizam roupas e têm atitudes de adolescentes. Seria uma tentativa de driblar o tempo que, de mansinho, vai passando e deixando suas marcas? É possível.
-  Esta fase pode trazer muita angustia para a mulher, causadas até mesmo pela perda da libido e o fim da fertilidade. Como reverter estes problemas emocionais?

R A menopausa é o último período menstrual do ciclo reprodutivo da mulher, caracterizado por não mais procriar. O acontecimento dessa fase caracteriza-se por uma sintomatologia que, embora passageira, chega desestabilizando o organismo feminino. Ocorre a queda hormonal, taquicardia, ansiedade, fadiga, ondas de calor, sinal de rubor, irritabilidade, perda de autoestima, distúrbio no ritmo sono-vigília, diminuição da libido, secura vaginal, ganho de peso localizado, depressão etc. Esse fenômeno biopsicossocial, gerado nesse ciclo da vida, pode explicar os problemas emocionais vividos pela mulher. Tem também a questão da finitude que vai se aproximando, trazendo angustia. Ocorre também a síndrome do ninho vazio, com a saída dos filhos de casa, para estudarem, ou para se casarem; às vezes, o relacionamento do casal apresenta um desgaste..., tudo isso somado intensifica os conflitos. Estudos mostram que mulheres ocidentais que se encontram na fase da menopausa se queixam da diferença que há entre as sociedades ocidental e oriental. Pois esta expressa o valor que têm homens e mulheres idosos, na contribuição para a formação dos mais jovens. Onde é considerada e valorizada a sabedoria do idoso. Isso é muito importante, uma vez que ajuda a manter o senso de pertencer e de contribuir para os que estão começando a trajetória da vida. Por outro lado, o referido estudo mostra que a sociedade brasileira apresenta valores característicos da pós-modernidade, descartando objetos, pessoas e relações com certo menosprezo pelo valor da vida. Com isso, a velhice tem sido vista de forma pejorativa. A psicoterapia ajuda e muito a mulher na passagem desse momento mais conflitante e de extrema vulnerabilidade. Portanto, é importante que a mulher, nessa fase, procure um profissional tanto na área médica como na psicológica, os quais poderão dar o suporte necessário à superação das respectivas dificuldades.
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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Como é realizado o atendimento psicológico?



Há alguns séculos, havia o “confessor”, geralmente um religioso, um padre, um rabino, que era procurado quando as pessoas passavam por dificuldades, as pessoas sabiam que podiam se abrir com eles, dividiam suas angustias, suas preocupações e em troca ouviam um conselho e voltavam para casa mais aliviadas, mais encorajadas. 

A promessa de sigilo e o respeito que a pessoa recebia quando conversava com esse confessor facilitava muito para que ela se sentisse à vontade, ou seja, a pessoa se sentia aceita, mas a ajuda acabava aí - um ombro para te ouvir e uma palavra de conforto. 

Apenas no século 20 apareceu a figura do psicólogo e o processo do atendimento psicológico. O psicólogo é o profissional que não só tem a vocação para lidar com as pessoas e seus problemas, como tem treinamento e técnicas para que a terapia não seja só um momento de desabafo para “lavar a alma”. Terapia não é só o lugar para você descarregar suas angústias, mas é principalmente o lugar para você aprender a lidar com esta angustias de forma que você consiga eliminá-las ou torna-las suportáveis. Você recebe o feedback do psicólogo e pode aprender estratégias que te ajudam a funcionar melhor. 
O paciente procura um atendimento psicológico quando está com problemas e não está conseguindo lidar com eles de forma adequada. O propósito da terapia é mudar a mente e o comportamento deste paciente, para que a vida dele seja menos problemática e mais satisfatória. 

Você deve procurar no atendimento psicológico um profissional que tenha sido preparado para uma gama bem ampla de problemas, doenças, transtornos e dificuldades. Assim ele terá bagagem suficiente, tanto para fazer o diagnóstico correto quanto para aplicar os procedimentos e técnicas corretas.
O que os psicólogos esperam de seus pacientes?

Para um atendimento psicológico adequado é preciso que os pacientes sejam sinceros com ele mesmos e com o psicólogo. Se você espera superar suas dificuldades e quer aprender a lidar com elas, você deve confiar no psicólogo e não esconder elementos importantes. Saiba que atendimento psicológico é, em primeiro lugar, acolhimento.

Podemos ver a psicoterapia como um exercício de mudança mental com consequências no comportamento. Uma tarefa da psicoterapia é abrir os conteúdos da mente. Tornar conscientes aquelas representações mentais que estavam escondidas. O processo do atendimento psicológico se baseia em identificar suas ideias mais importantes, o que você pensa, o que você acredita como você sente as coisas que se passam com você e ver quais são prejudiciais e precisam ser abandonadas. 

O atendimento psicológico é um processo bastante profundo e inclui momentos em que a pessoa deverá enfrentar eventos do passado que deixaram marcas poderosas na personalidade. Neste ponto a experiência do terapeuta / psicólogo é muito importante. O quanto ele já atendeu de casos semelhantes vai pesar muito. 

Durante o atendimento psicológico é necessário que o psicólogo compreenda a situação do seu paciente e também saiba compartilhar esse entendimento, porque não adiante ele entender tudo e guardar só para ele. E aí é que a habilidade profissional entra, porque não é uma conversa que você teria com seu amigo ou com outra pessoa. É uma conversa técnica e para isso o terapeuta tem que conhecer muito bem seu paciente. Isso envolve empatia, que é muito diferente de simpatia. Empatia é a capacidade de compreender a outra pessoa em toda sua plenitude. 

O mais importante na psicoterapia é a análise das coisas que aconteceram na vida do paciente ou o que ele imaginou terem acontecido, e, principalmente, o significado que essas coisas tiveram para ele. Muitas vezes, estes significados são distorcidos, as percepções são imperfeitas e aí não resta dúvida: os sentimentos serão inadequados e os comportamentos não serão produtivos.
As interpretações do  psicólogo têm o objetivo de desfazer hábitos que muitas vezes são muito destrutivos. O terapeuta não trabalha com persuasão direta, ele não tenta colocar ideias na sua cabeça. O que ele faz é criar condições que permitem mudanças. 

No atendimento psicológico analisamos o presente o passado até a infância, para que possamos compreender a origem dos sentimentos e comportamentos de agora. E se este passado foi elaborado ou se esta trazendo consequências ruins no presente.

O atendimento psicológico tem que focar na queixa (motivo pelo qual o profissional foi procurado) que o paciente trás quando procura o psicólogo, a partir deste ponto inicia a terapia.

Porque as pessoas resistem ao atendimento psicológico?


Acredito que o preconceito seja o maior impedimento das pessoas procurarem um psicólogo, a o senso comum diz que psicólogo é pra louco, daí surgem às resistências a procura de atendimento psicológico, talvez  as pessoas se acostumam com a dor, acham que a vida é assim mesmo, de tanto viver aquela dificuldade, acham que não têm esperança, que nada pode mudar. E importante que você saiba que há formas bem legais de transformar sua vida. A terapia não é um remédio milagroso e imediato, mas vale à pena, porque  você aprenderá lidar com os problemas com maior compreensão.
O atendimento psicológico trás saúde mental, mudando sua mente você muda as coisas que você faz e garante muitas  conquista.

As pessoas conseguem mesmo mudar fazendo terapia? Ou a função da psicoterapia é só o autoconhecimento? 

É autoconhecimento, mas é principalmente transformação. A terapia proporciona uma mudança realmente visível nas atitudes do atendido. Você vê a pessoa tendo atitudes melhores, mais equilibradas. 

Em que casos a psicoterapia pode atuar?  Para quais problemas a gente pode recorrer a psicoterapia? 

A psicoterapia atua em todas as áreas da vida. Por exemplo, você sente angústia, tristeza ou ansiedade, você fica muito preocupado, tem excesso de raiva, sensação de fracasso, sensação de impotência, desânimo ou é agitado demais, as vezes é o trabalho que está muito estressante, desmotivação, uma sensação de incapacidade, relações complicadas em casa, com o marido, com a mulher, os filhos, pais, chefe, sócio, solidão, depressão, ansiedade, luto, timidez, separação de qualquer tipo,  enfim são inúmeros motivos que torna nossa mente doente . O beneficio da psicoterapia são muitos. Terapia não é só autoconhecimento. É um aprendizado, uma lapidação em você mesmo, por meio da qual você pode aprender novas posturas, sentir se bem consigo mesmo.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Você trabalha com um psicopata? 
Reconheça os sinais e evite problemas


Psicopatas são pessoas ambiciosas, egoístas, implacáveis, frias, sem medo, que não sentem empatia pelos outros e, ao mesmo tempo, charmosas, persuasivas, de grande força mental e que podem estar neste momento sentado ao seu lado no trabalho. Em geral, essas características, que costumam comumente despertar rejeição, no ambiente de trabalho se bem usadas podem tornar a pessoa um profissional bem-sucedido. “Nem todo psicopata é criminoso, além de essa capacidade de desprezar o sentimento alheio ser útil no mundo dos negócios”, afirma o coordenador médico do Núcleo de Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica (Nufor) do Instituto de Psiquiatria (IPq) da Universidade de São Paulo (USP), Daniel Martins de Barros.
As competências comportamentais típicas de um psicopata, diz o médico, só o tornam perigoso se forem atreladas à violência. Contudo, se o individuo conseguir controlar suas emoções, pode conviver normalmente em um ambiente corporativo. “E o psicopata é capaz de dominar os seus instintos e usá-los a seu favor”, comenta Barros. Mas, o médico sinaliza que esses atributos são úteis somente no curto prazo. “Essas características são ambíguas, todo mundo sabe que podem ser aproveitadas em diversos contextos, mas no longo prazo são prejudiciais, pois minam a confiança e impedem a construção de relacionamentos legítimos”, diz.
O psicopata se comporta mal, se faz de vítima para o outro se sentir culpado e finge que seus erros não são culpa dele e sim do colega. Profissionais com características psicóticas se aproveitam estrategicamente do outro, fazendo as pessoas trabalhar por eles e não pensam duas vezes em roubar projetos. “Psicopatas não medem as consequências, com isso vão além e conseguem obter vantagens”, afirma Barros.
Para o professor de mestrado em psicologia da saúde da Universidade de São Paulo (UMESP) Antônio Serafim, o ambiente de negócios fomenta a competitividade, o que faz com que as pessoas acabem com atitude psicótica. “O ambiente de trabalho aflora o que há de mais forte nas pessoas. Se é insegura, mostrará sua insegurança, se possui tendência para psicopatia, características como frieza e falta de empatia se sobressairão”, destaca o psiquiatra.
Conviver com um colaborador psicopata não é difícil, basta não interferir no caminho traçado por ele. “Se você não atrapalhar os projetos dele, não há problema”, afirma Serafim. Neste sentido, a coletividade é um desafio para o psicopata. Atualmente, as empresas prezam cada vez mais o trabalho coletivo, mas o psicopata só funcionará em uma tarefa em equipe se tiver destaque. “Se alguém se sobressair e ele não concordar, com certeza dará o troco”, diz o psiquiatra.

Como identificar o psicopata
A presidente do International Stress Management Association (ISMA-BR), Ana Maria Rossi, explica que em uma entrevista de emprego é muito complicado identificar um psicopata corporativo. “Ele é muito preparado e sedutor”, afirma. Para ela, é importante que o candidato, nas entrevistas de emprego, seja avaliado por um psicólogo, pois só este profissional conseguirá perceber ações e características típicas de um psicopata. “Se isso não for possível, os colegas de trabalho e os profissionais de recursos humanos devem ficar atentos, principalmente em situações tensas, pois é nessa hora que o psicopata deixa transparecer a sua real personalidade”, afirma.
Mas não há motivo para desconfiar dos colegas. Encontrar psicopatas em empresas, por sorte, não é algo fácil. “É bastante prejudicial essa moda de ver psicopata em todos os lugares, estima-se apenas que 1% da população tenha esse desvio”, esclarece o médico da USP Daniel Martins de Barros.

Profissões preferidas pelos psicopatas
Uma pesquisa realizada no final do ano passado pelo psicólogo Kevin Dutton, da Universidade de Oxford, apontou que ser presidente de uma empresa é o cargo mais almejado pelos psicopatas. A lista segue em ordem pelas seguintes profissões: advogados, profissional de rádio e televisão, vendedor, cirurgião, jornalista, policial, pastores e padres, chefe de cozinha e funcionário público. Segundo o pesquisador, a preferência por essas profissões acontece porque elas exigem tomadas de decisões frias e objetivas, características típicas de psicopatas.

Entrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu para Revista Isto é

1.     Como você descreveria um "psicopata corporativo"?

Psicóloga:  Em boa parte das vezes ele é charmoso, tem excelente postura, fala com confiança, conquista quem procura um profissional motivado e inteligente (ou seja, todo mundo). O psicopata não tem todo o conhecimento e capacidade técnica que faz as pessoas pensarem que tem, mas é muito hábil em “responder sem responder” – habilidade encontrada nos políticos, não que todo politico seja um psicopata pois ele treina para fazer algo que seria muito natural no psicopata – ou seja, quando lhe fazem perguntas ou lhe dão tarefas que exigem a habilidade necessária ele simplesmente “escorrega” passando, de forma inteligente, a tarefa para outras pessoas ou faz um serviço medíocre mas ainda tem argumentos muito bem articulados para tentar convencer de que sua ação foi a melhor. Tudo isso para atingir seus objetivos de poder e dinheiro.
2.     O que ele pode fazer de pior a um colega ou até mesmo para uma empresa?

Psicóloga:  Pode mentir, enganar, dar rasteiras, jogar muito sujo mesmo. Pode sorrir e fazer as pessoas pensarem que são suas amigas, convida para frequentar sua casa mas não se inibe em fazer algo que prejudique a outra pessoa, como roubas clientes, falar mal sem fundamento para a chefia deste colega, e até mesmo entrar na empresa para roubar toda fonte de informação e clientes e abrir uma concorrência.

3.     E quais as consequências mais comuns para suas vítimas?

Psicóloga:  Raiva, prejuízos financeiros e morais. Ele pode desmoralizar seus colegas de trabalho e muitas vezes não será identificado como um psicopata,  isso dificulta a recuperação da imagem das pessoas que ele denegriu.

4.     Por que as empresas são campos tão férteis para esse tipo de empregado?

Psicóloga:  Porque, muitas vezes, o psicopata procura o poder acima de tudo. Ele tenta provar que está acima da média. Claro que no fundo é uma pessoa muito insegura e infeliz, mas não sabe lidar com essas dificuldades. Dificilmente procura tratamento psicológico e quando frequenta uma terapia reclama de insônia ou algo que não o desmascare de imediato. Mas todo psicólogo desconfia deste perfil quando seu paciente passa a usar as sessões de psicoterapia para se vangloriar de feitos e ditos, coloca a culpa em todos ao seu redor quanto as coisas que dão errado em sua vida.

5.     O que uma pessoa pode fazer para evitá-lo ou evitar ter atrito com ele?

Psicóloga: O ideal seria compartilhar suas impressões com colegas e superiores, se você perceber alguma coisa e guardar ele poderá virar contra você. Não deixe que seu charme o engane, pois ele poderá tentar usar quem estiver por perto, como por exemplo, passar o serviço dele para que você execute e ainda fará você pensar que “tudo bem” – afinal todo tem tendência de levar numa boa às mazelas daqueles a quem simpatizamos.

6.     E as empresas, como podem se precaver?

Psicóloga:  Os departamentos de recrutamento e seleção devem controlar a tentação de considerar que encontraram o profissional perfeito. Isso não existe, caso apareça alguém muito exuberante, com todos os conhecimentos que a  empresa precisa, muito falante e articulado – preste um pouco mais de atenção nas dinâmicas de grupo e perceba se ele foi desleal com os colegas para brilhar mais que todos. Preste atenção a quem reclama muito dos “invejosos”, que acha que só tem qualidades e que todos os outros “inferiores” merecem ser passados para trás.






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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

 "Quem come menos vive mais", mostra estudo de universidade chinesa. 

Os cientistas constataram que comer menos favorece a expansão de uma flora bacteriana saudável
Uma equipe de cientistas chineses da prestigiada Universidade de Jiaotong, situada em Xangai, assegura ter descoberto que a restrição de calorias ingeridas pode ajudar a prolongar o tempo de vida em muitos animais e, inclusive, em humanos, informou nesta quarta-feira (17) o jornal oficial "Shanghai Daily".


Com base em testes realizados em ratos, os cientistas constataram que comer menos favorece a expansão de uma flora bacteriana saudável no aparelho digestivo, o que reduz o número do tipo de bactérias cuja atividade acaba sendo prejudicial ao organismo.



O estudo da Universidade de Jiaotong confirma os efeitos positivos das dietas em humanos, indicou Zhao Liping, pesquisadora-chefe da Escola de Biotecnologia e Ciências da Vida da universidade chinesa.



De acordo com Zhao, após o experimento, cujos resultados foram publicados no portal da revista "Nature", sua equipe conseguiu demonstrar que estes níveis de bactérias são fundamentais para determinar a saúde e o tempo de vida dos humanos.



"A restrição de calorias demonstra que, com um único regime experimental, pode estender de maneira eficaz o tempo de vida em vários modelos animais, mas o mecanismo que o torna possível ainda continua sendo controverso", explicou a revista científica internacional em seu artigo sobre a pesquisa.



"É conhecido que os micro-organismos intestinais têm um papel crucial na saúde de seus hóspedes, sobretudo através de dietas", continua.



"Aqui mostramos como uma restrição de calorias ao longo de toda a vida, em dietas tanto de altas como de baixas calorias, e não o exercício voluntário, muda significativamente a estrutura geral da colônia de microrganismos intestinais do rato C57BL/6 J", detalhou o grupo liderado por Zhao.



"O resultado deste tipo de dietas sugere que os animais sob uma restrição calórica podem estabelecer uma arquitetura de micróbios intestinais estruturalmente equilibrada, a qual pode gerar um benefício de saúde para o hóspede pela redução da carga de antígenos do Sistema “digestivo” completam os cientistas.



Desta forma, os pesquisadores chineses descobriram alguns tipos de bactéria, como os lactobacilos, contribuem para prolongar o tempo de vida e se beneficiam da restrição de calorias.



Ao mesmo tempo, eles viram que a dieta reduz o número de bactérias que contribuem para reduzir o tempo de vida e comprovaram que os níveis de um tipo de toxina, a proteína do lipopolisacárido  (LPS), um indicador associado habitualmente com as inflamações, também foram reduzidos no soro sanguíneo.



 Conheça alguns alimentos que contribuem para uma vida mais longa

Alho: graças à alicina de sua composição, o alho é um poderoso antimicrobiano e antibiótico, ajudando a aliviar sintomas de gripes e resfriados, acelerando a recuperação do organismo e reforçando a imunidade. Mas os benefícios da alicina não param por aí. "A alicina é responsável pelos benefícios referentes ao sistema cardiovascular, pois auxilia na redução do colesterol ruim (LDL), protege os vasos sanguíneos, melhora o fluxo sanguíneo e o tempo de coagulação", aponta Marisa Bailer, nutricionista do Hospital Samaritano de São Paulo. 




Primeira relação sexual após o parto
Sem precipitações, essa retomada tem tudo para se transformar em uma segunda lua de mel. Mas, é preciso compreensão, paciência e afeto. Reunimos dicas para vocês reviverem o prazer depois do parto.

1. Sexo não se resume à penetração
A maioria dos casais tende a considerar sexo apenas a relação genital. Mas não é bem assim, principalmente em uma fase em que a mulher se recupera de um parto. Tão importante quanto a cópula em si é o enamorar-se. A dica aqui é abusar de abraços, beijos e carícias. Dar as mãos sempre que possível, não poupar afagos, trocar galanteios e provocações, enfim, manter acesa a chama que une o casal. É claro que estão ambos exaustos, mas reserve alguns instantes para esses jogos de sedução, na hora do banho, no momento de dormir ou mesmo na cozinha, de surpresa. E deixe que o clima vá esquentando no decorrer das semanas, sem pressa.

2. Espere até que o corpo volte a ser o que era
A mulher precisa de tempo para se recompor de um parto, tanto do ponto de vista físico como emocional. Não existe um prazo pré-estipulado. Em geral, os médicos pedem que os dois aguardem pelo menos 42 dias para liberá-los totalmente para o sexo, mas o casal pode começar antes ou depois desse prazo. O parto normal permite uma retomada mais precoce das atividades sexuais, sem muito desconforto vaginal e dores. Já a cesariana requer um tempo adicional para o pós-operatório, o que significa de 60 a 90 dias sem uma relação completa. Agora, mais importante do que o prazo é o desejo do casal de realizar a primeira relação amorosa após o parto.

3. É normal perder a libido durante a amamentação
A produção do leite depende de um hormônio chamado prolactina. Além de garantir a amamentação, a prolactina também interfere na disposição sexual da mulher ao reduzir a libido e ressecar a vagina, um verdadeiro hormônio antissexo. Por isso, não vale a pena se culpar pela perda da motivação sexual. Além disso, amamentar sob livre demanda – recomendável até o bebê completar 6 meses – esgota qualquer mulher. Difícil sentir-se disposta com o cansaço, o sono, o estresse, a insegurança e a irritação típicos desse período. O casal deve conversar sobre isso para não haver cobranças desmedidas.

4. As emoções
O nascimento de um filho gera uma confusão emocional nos pais. Sensações e sentimentos se misturam, e o casal precisa de um tempo até se reequilibrar. Portanto, a retomada do sexo tem de ser avaliada dentro desse contexto. No caso da mulher, o parto psicológico, que é a separação psíquica entre mãe e filho, pode demorar até 90 dias após o parto fisiológico. Até lá, a mãe dedica-se quase exclusivamente ao filho, como se fosse uma extensão de seu corpo. Nessa fase, é bastante comum pais imaturos encararem o filho como um concorrente. Uma boa medida é tirar o filho do quarto dos pais até o fim desse terceiro mês. Já o marido pode passar a encarar a mulher como uma figura sacrossanta e ter dificuldade de tratá-la como parceira sexual. Tudo isso é absolutamente normal. O casal deve lidar de modo natural com a situação e buscar no carinho e no amor um caminho para retomar a vida sexual.

5. Exercícios preparam a mulher para o sexo
O corpo da mulher sofre profundas transformações durante a gravidez. Após o parto, tecidos e órgãos demoram algumas semanas até voltarem ao lugar. Uma boa maneira de favorecer esse processo é praticar exercícios físicos leves, sob a orientação médica. No caso de mulheres que estão preocupadas com a flacidez de sua região genital por causa do parto normal, a dica é praticar exercícios vaginais. Sim, as contrações vaginais ajudam a restabelecer a firmeza muscular da região. Passadas seis a oito semanas, com a liberação médica, vale a pena também retomar aos poucos as atividades físicas normais, o que aumenta a disposição para a primeira relação.

6. Masturbação pode ser uma boa válvula de escape
O homem é capaz de passar longos períodos sem sexo. Muitos permanecem virgens até a morte. Mas essa não é a regra. Em geral, o anseio sexual é uma marca masculina. Por isso, a masturbação não deve ser encarada como algo condenável. Pelo contrário, com o consentimento da mulher, ele se sentirá muito mais excitado para esperar a retomada do sexo a dois. Em muitos lugares, inclusive (nem tanto no Brasil), há homens e mulheres que apreciam ver o parceiro se masturbar sem intervir. Essa cumplicidade eleva a temperatura e prepara o terreno para a retomada do sexo.

7. O que fazer na hora H
O ritual da primeira relação após o sexo pode ser algo inesquecível, uma segunda lua de mel. Abuse da criatividade, não se imponha limites e fuja da monotonia. Vale tudo, desde que dê prazer ao casal. É possível que a lubrificação ainda não seja a ideal. Nesse caso, uma dica é, além de caprichar nas preliminares, usar lubrificantes convencionais ou estrogênio “não absorvido sistemicamente” (isso é muito importante porque, se esse hormônio passa para o leite da amamentação, pode causar problemas no bebê). Também compensa procurar acessórios para estimular o aparelho genital feminino e aumentar a lubrificação. Vença a inibição, visite uma sex shop, onde há brinquedos de todos os tipos.

8. Satisfação importa mais que orgasmo
As primeiras relações após o nascimento da criança devem ser guiadas pela busca da satisfação, e não necessariamente de orgasmo. Por isso, é importante que seja um processo gradativo, que comece com as primeiras carícias desde a chegada da maternidade e culminem com a penetração propriamente dita semanas ou meses depois. Mire o resgate do prazer e do desejo, e o resto virá a reboque.



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Quem disse que o sexo perde o seu encanto na terceira idade?
Na terceira idade, a prática sexual tem lá suas diferenças, mas continua fazendo bem, oferecendo prazer e sensação de bem-estar. Cerca de 50% das pessoas acima de 60 anos – casadas ou que têm parceiros sexuais - relatam a prática de sexo a cada 15 dias mais ou menos.

"Além do sexo como o conhecemos, uma carícia, um toque ou uma troca de intimidades, muitas vezes, é sensual e tem o mesmo grau de prazer na terceira idade que o sexo tradicional tem para o jovem"

"As pessoas se esquecem de que os mais velhos continuam tendo desejos, projeções, fantasias e afeto, que muitos jovens, inclusive, estão perdendo", diz.
A terceira idade
Em países mais jovens e menos desenvolvidos, são consideradas da terceira idade as pessoas acima de 60 anos - é o caso do Brasil. Nos mais desenvolvidos e com uma população mais velha - como os Estados Unidos e os países europeus, aquelas acima de 65 anos.
Uma nova revolução
O surgimento do famoso medicamento azul para disfunção erétil, em 1998, provocou uma nova revolução sexual - essa repleta de possibilidades para os integrantes da terceira idade.
O medicamento pegou muitos casais de surpresa. Vários deles não praticavam o sexo há um bom tempo. Com a novidade, os homens sentiram-se dispostos a procurar por suas mulheres novamente, que nem sempre estavam preparadas para recomeçar uma vida sexual ativa.
Como se sabe, as mulheres tendem a cuidar mais da saúde do que os homens porque visitam seus médicos regularmente. Depois deste medicamento, o sexo tornou-se novamente um assunto em pauta no consultório.
Para aquelas interessadas em recomeçar uma vida sexual com seus parceiros, a questão da lubrificação vaginal é a dúvida mais comum. E não há complicações: hormônios locais, aplicados em forma de cremes diretamente na vagina, possibilitam um retorno normal à prática sexual.
Com o passar dos anos, um pesadelo que aterroriza alguns jovens vai deixando de ser um bicho de sete cabeças. Com a idade, os homens passam a demorar mais para ejacular e, por isso, a ejaculação precoce deixa de ser um problema.
Dificuldades e contraindicações
Não há contraindicações para o sexo na terceira idade, apenas restrições temporárias como, por exemplo, para quem acabou de passar por uma cirurgia – as mesmas indicadas para qualquer idade.
Algumas dificuldades de um corpo mais maduro, porém, podem impedir ou atrapalhar a prática. Para as mulheres, dores reumáticas e incontinência urinária são as principais. No segundo caso, aplicação de hormônio local pode conter o problema.
No caso dos homens, hipertensão e complicações com a próstata são as principais chatices.
Cerca de 50% dos que passaram dos 60 anos no Brasil são hipertensos; e os remédios para pressão tendem a diminuir a potência sexual. A boa notícia é que já existem medicamentos com menos efeitos colaterais desse tipo.
Pacientes com câncer de próstata que tiveram a produção de testosterona bloqueada podem ter dificuldade de ereção, assim como os que fizeram cirurgia para a retirada do órgão. Atualmente, porém, existem técnicas de extração da próstata que conseguem preservar, em alguns casos, os nervos responsáveis pela ereção.
Para pacientes com doenças coronárias ou problemas pulmonares, a indicação é que conversem com seus médicos e que realizem exames para avaliar a sua capacidade física. "No caso do coração, por exemplo, um teste ergométrico nos dá uma ideia de como o órgão se comportaria na hora do sexo", explica o médico.
Alerta
Os medicamentos para disfunção erétil são contraindicados para pacientes com doenças das coronárias ou que tomam medicamentos vasodilatadores, já que eles mesmos são deste tipo, o que pode levar o paciente a sofrer uma vasodilatação excessiva.
Frequência e orgasmo
"É natural que, nessa faixa etária, a frequência sexual seja menor. Mas devemos considerar que a noção de sexo para eles é mais ampla. Muitos se satisfazem com as carícias. Nessa fase existe uma desobrigação do orgasmo e, com menos expectativas, muitas vezes a relação fica mais prazerosa", afirma o geriatra.
Fertilidade na terceira idade
Diferente da menopausa – fenômeno que encerra os ciclos menstruais e ovulatórios de uma única vez – a andropausa (que acontece nos homens) acontece gradativamente com o passar dos anos.
Por isso, enquanto o homem produzir espermatozoides ele pode engravidar uma mulher. A diferença é que a produção será cada vez menor e o caminho até o óvulo ficará mais difícil. Por esta razão, muitos casais de homens mais velhos com mulheres mais jovens procuram inseminação artificial quando optam por ter um bebê.
Consenso é fundamental
Com a menopausa, a queda na libido da mulher é natural e elas começam a procurar menos por seus parceiros. Para elas, será cada vez mais importante sentirem a presença do homem, sua proximidade e suas carícias. "Nessa fase, especialmente se o homem toma algum medicamento para disfunção erétil ou continua sexualmente ativo, conversar e entrar em consenso é fundamental para não haver atrito entre os dois", recomenda o Dr. Fábio Nasri.
Ainda sem perspectiva de um medicamento para as mulheres, a utilização de testosterona no combate à perda de massa muscular e óssea tem se mostrado positiva para elas. O tratamento acaba ajudando no aumento da libido.
Felicidade na terceira idade
Considerando a história do ser humano, a terceira idade é praticamente uma novidade. A expectativa de vida no Brasil em 1900, por exemplo, era de 33 anos. Hoje, é de 75. "Envelhecer é novo e muitos idosos ainda têm dificuldade de lidar com as perdas que vieram com o fim da chamada segunda idade, como a capacidade e a frequência sexual, a perda de amigos, de trabalho e até financeira", avalia o Dr. Nasri.

"Aqueles que entenderem o seu envelhecimento e entrarem em consenso com as suas novas características, terão menos dificuldade em lidar com a sua terceira idade. Já aqueles que não aceitarem, tentarão ter atitudes de jovens por acreditar que estarão envelhecendo menos. Mas envelhecer é natural e quanto mais cedo nos prepararmos, melhor será a nossa aceitação", conclui o médico.