"Quem
come menos vive mais", mostra estudo de universidade chinesa.
Os cientistas constataram que comer menos favorece
a expansão de uma flora bacteriana saudável
Uma equipe de cientistas chineses da prestigiada Universidade de
Jiaotong, situada em Xangai, assegura ter descoberto que a restrição de
calorias ingeridas pode ajudar a prolongar o tempo de vida em muitos animais e,
inclusive, em humanos, informou nesta quarta-feira (17) o jornal oficial
"Shanghai Daily".
Com base em testes realizados em ratos, os cientistas constataram que comer
menos favorece a expansão de uma flora bacteriana saudável no aparelho
digestivo, o que reduz o número do tipo de bactérias cuja atividade acaba sendo
prejudicial ao organismo.
O estudo da Universidade de Jiaotong confirma os efeitos positivos das dietas
em humanos, indicou Zhao Liping, pesquisadora-chefe da Escola de Biotecnologia
e Ciências da Vida da universidade chinesa.
De acordo com Zhao, após o experimento, cujos resultados foram publicados no
portal da revista "Nature", sua equipe conseguiu demonstrar que estes
níveis de bactérias são fundamentais para determinar a saúde e o tempo de vida
dos humanos.
"A restrição de calorias demonstra que, com um único regime experimental,
pode estender de maneira eficaz o tempo de vida em vários modelos animais, mas
o mecanismo que o torna possível ainda continua sendo controverso",
explicou a revista científica internacional em seu artigo sobre a pesquisa.
"É conhecido que os micro-organismos intestinais têm um papel crucial na
saúde de seus hóspedes, sobretudo através de dietas", continua.
"Aqui mostramos como uma restrição de calorias ao longo de toda a vida, em
dietas tanto de altas como de baixas calorias, e não o exercício voluntário,
muda significativamente a estrutura geral da colônia de microrganismos
intestinais do rato C57BL/6 J", detalhou o grupo liderado por Zhao.
"O resultado deste tipo de dietas sugere que os animais sob uma restrição
calórica podem estabelecer uma arquitetura de micróbios intestinais
estruturalmente equilibrada, a qual pode gerar um benefício de saúde para o
hóspede pela redução da carga de antígenos do Sistema “digestivo” completam os
cientistas.
Desta forma, os pesquisadores chineses descobriram alguns tipos de bactéria,
como os lactobacilos, contribuem para prolongar o tempo de vida e se beneficiam
da restrição de calorias.
Ao mesmo tempo, eles viram que a dieta reduz o número de bactérias que contribuem
para reduzir o tempo de vida e comprovaram que os níveis de um tipo de toxina,
a proteína do lipopolisacárido (LPS), um indicador associado habitualmente com
as inflamações, também foram reduzidos no soro sanguíneo.
Conheça
alguns alimentos que contribuem para uma vida mais longa
Alho:
graças à alicina de sua composição, o alho é um poderoso antimicrobiano e antibiótico,
ajudando a aliviar sintomas de gripes e resfriados, acelerando a recuperação do
organismo e reforçando a imunidade. Mas os benefícios da alicina não param por
aí. "A alicina é responsável pelos benefícios referentes ao sistema
cardiovascular, pois auxilia na redução do colesterol ruim (LDL), protege os
vasos sanguíneos, melhora o fluxo sanguíneo e o tempo de coagulação",
aponta Marisa Bailer, nutricionista do Hospital Samaritano de São Paulo.
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