Problemas dificultam o sono e,
por isso, provocam cansaço durante o dia.
Insuficiência cardíaca também pode causar exaustão; veja como prevenir.
Quando você acorda, continua cansado?
Independente da quantidade de horas que você dormiu, sente que o sono não foi reparador?
É preciso tomar cuidado – o cansaço nem
sempre é só sinal de falta sono
e pode ser um sintoma de problemas como ansiedade, estresse, anemia, apneia do
sono e até insuficiência cardíaca No entanto, de maneira geral, a
maioria das pessoas se sente cansada por não dormir bem, a falta de sono chega
a ser uma epidemia mundial – nos últimos 20 anos, em todo o mundo, a população
reduziu 1h30 de sono por dia.
Em São Paulo, um estudo feito pelo
Instituto do Sono ouviu 1.000 pessoas e apontou que a média de sono do
paulistano é de 6,5 horas . No entanto, de maneira geral, o ideal é dormir de 7 a 8 horas
por noite já que um sono de menos de 6
horas já chega a oferecer riscos para a saúde. Porém, mais importante
que a quantidade de horas dormidas, é necessário que a pessoa tenha ainda
entre 4 a 6 ciclos de sono para que o corpo se recupere fisicamente e
mentalmente. No caso da pessoa ansiosa, por exemplo, ela consegue atingir todos
esses ciclos, porém o tempo de permanência nas últimas fases, que são as mais reparadoras,
é menor.
Por isso, em alguns
casos, fazer um descanso rápido durante o dia pode fazer bem. Esse descanso
pode ser uma simples pausa no trabalho para tomar um café ou cochilar, pelo
menos, 10 minutos ao longo do dia.
Segundo a neurologista
Dalva Poyares, para algumas pessoas, pode ser benéfico ainda dormir durante a
tarde, entre um compromisso e outro, como acontece geralmente com quem trabalha
de manhã e estuda à noite. No entanto, há quem diga que se sente mais
preguiçoso e mais sonolento se dormir durante o dia e, de acordo com a
neurologista, isso realmente acontece em alguns casos.
Portanto, seja qual for a
situação, o ideal mesmo é tentar dormir bem durante a noite para evitar que o
corpo sofra consequências, como, por exemplo, a perda de memória. Segundo a
neurologista Dalva Poyares, o cérebro não foi programado para fazer várias
atividades ao mesmo tempo e, se isso acontece, o corpo fica
"estressado" e cansado.
Ou seja, o excesso de
atividade mental pode gerar cansaço e também esquecimento. Para comprovar isso,
um estudo analisou um grupo de pessoas que dormiam entre 5 e 6 horas e pediu
para que ela dormissem entre 7 a 8 horas - o resultado mostrou que todos
apresentaram grandes melhoras na concentração e na memória.
As médicas alertaram, por
último, que a falta de sono pode gerar consequências ainda mais graves já que
pode provocar um desequilíbrio no corpo. Estudos mostram, por exemplo, que
dormir menos de 6 horas aumenta as chances de as pessoas desenvolverem doenças cardiovasculares, como hipertensão, AVC, infarto e
arritmia e também metabólicas, como diabetes e obesidade. Por isso, a preocupação com o sono não
deve ser apenas pelo cansaço no dia seguinte, mas também pela saúde e prevenção
de complicações mais graves no futuro.
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