Cinco dicas para evitar doenças respiratórias no
verão
Altas temperaturas
e clima seco elevam o número de casos de gripes e pneumonias.
Saiba como
evitá-las.
Uma recente pesquisa realizada na Universidade Federal de São Paulo
(Unifesp) comprova que o acúmulo de partículas e gases nocivos lançados na
atmosfera, principalmente nas épocas mais quentes do ano, funciona como
gatilho de doenças respiratórias preexistentes.
A poluição, o clima seco e as altas temperaturas, quando somadas,
formam uma equação perfeita para o aumento do índice de infecções
respiratórias e pneumonias.
O objetivo do
estudo foi avaliar a relação entre a concentração diária dos poluentes
atmosféricos emitidos pela frota automotiva na cidade de São Paulo e o número
de consultas diárias realizadas no serviço de emergência do Hospital São Paulo,
ligado à Unifesp.
Durante três anos, foram analisados 177.325 casos,
atendidos pelo Serviço de Emergência da instituição. Dentre eles, 137.530
atendimentos foram por doenças respiratórias. Os dados foram fornecidos
pelo SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatístico) da Unifesp ligado ao
Hospital São Paulo.
A pesquisa selecionou quatro das doenças mais comuns para uma
análise detalhada. Infecção de vias aéreas superiores, como sinusite,
faringite, e amidalite, corresponderam a 72% das admissões. Gripes em
geral 12%; pneumonia 9% e asma 7%.
O maior grupo atendido no serviço de emergência foi o de menores de 13
anos. Na sequência, pacientes com idades de 40 a 65 anos, 30 a 39, maiores de
65 e de 13 a 19 anos. Foi significativa a associação do aumento da concentração
dos poluentes com a gripe influenza entre jovens de 13 a 19 anos e em idosos
maiores de 65 anos. Levantamentos feitos anteriormente em prontos-socorros
da capital paulista indicam que em épocas de tempo seco o movimento para o
setor de inalação aumenta entre 15% e 30%.
O recorte da longa
pesquisa, embora limitado, pode ser usado para ilustrar a realidade de outras
capitais. “O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar permitem que os
poluentes permaneçam mais tempo em suspensão no ar, um fator aditivo que
contribui para causar desconforto respiratório na população em geral”, afirma a
fisioterapeuta e pesquisadora da Unifesp, Silvia Letícia Santiago.
Para
contradizer as estatísticas e diminuir os riscos de doenças respiratórias, citamos
cinco dicas simples que podem ser incorporadas ao dia a dia:
1 - Mantenha as
mucosas sempre úmidas. Para isso, é preciso ingerir muito líquido. O aconselhável é três
litros de água nos dias muito quentes.
2 - Idosos e crianças
exigem atenção dobrada, pois a mucosa nesta faixa etária resseca mais rápido. O
metabolismo do idoso cai com a idade. As crianças gastam muita energia, o
que contribui para a perda de umidade. Nem sempre eles pedem água ou dizem
estar com sede. Ofereça líquidos com frequência
3 - Utilize toalha
úmida, umidificadores caseiros ou bacias de água nos ambientes mais fechados.
No trabalho, um balde de água em baixo da mesa ajuda bastante diminuir a secura
do ar.
4 - Evite
exercícios físicos entre 10h da manhã e 4h da tarde. Nesse período, no
verão, a liberação de ozônio é maior. Consequentemente, respiramos
mais os poluentes.
5 - Fuja de locais fechados.
Ambiente arejado, bem ventilado e limpo afasta os riscos de doenças respiratórias.
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